Opinião

O Desafio começa Agora

DINO ALVES | 11 anos atrás em 27-06-2013

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DINO ALVES

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Contrastando com um longínquo passado marcado por atores que hoje desejam voltar a entrar em cena, Câmara Municipal e Universidade de Coimbra surgiram esta semana de novo juntas para nos darem uma notícia digna de grande festejo.

A importância estratégica do reconhecimento de “Universidade de Coimbra, Alta e Sofia” enquanto Património da Humanidade, dispensa maior debate. A cidade está consciente do potencial que esta marca nos trouxe, bem como da responsabilidade na preservação e valorização dos equipamentos que nos valeram esta distinção.

Porém, o reconhecimento por si só não dinamiza o turismo ou a economia local, não atrai investimento nem acelera o processo de requalificação do nosso centro histórico. Este triunfo de Coimbra tem de ser reforçado por políticas ativas e complementares capazes de produzir, qualificar e vender o nosso produto enquanto ponto turístico de referência nacional.

De resto, esta marca conquistada não se pode esgotar na Alta e Sofia, tem de envolver todo o Centro Histórico e em especial a Baixa e o Mondego compondo conjuntamente a zona nobre turística, comercial, cultural e desportiva de Coimbra.

Num ano de aceso debate autárquico, é prioritário que os partidos e movimentos assumam a sua responsabilidade na discussão do Centro Histórico e que se delineie um conjunto de medidas diretas ou de incentivo à fixação comercial e hoteleira, à reabilitação urbana e valorização habitacional e à promoção de atividades atrativas de entretenimento. Quero partilhar aqui cinco breves propostas com as quais espero ver valorizada a atividade turística no coração da nossa cidade:

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  1. Utilização da identidade da candidatura de Coimbra a Património Mundial alargando-a enquanto Assinatura e Marca de todo o Centro Histórico, criando uma entidade reconhecida com meios ativos de promoção das suas iniciativas.
  2. Transformação da estação Coimbra A na sala de visitas da cidade enquanto Centro Turístico de Coimbra, beneficiando da sua localização privilegiada e reunindo aí todas as informações e apoio relevante para os nossos turistas.
  3. Concepção da Coimbra_2nd Life, uma plataforma RPG que permita aos turistas fazer uma visita virtual aos pontos relevantes da cidade e fazer compras online nas lojas mais inovadoras dos nosso comércio local.
  4. Reconversão dos edifícios abandonados da rua do Arnado em pólos para indústrias culturais e criativas, constituindo o Arnado Criativo. Este espaço, inspirado no conceito LxFactory deve incluir áreas de trabalho, exposição, lazer e também de aprendizagem, devendo os artistas que ali se instalem oferecer cursos de talentos à cidade.
  5. Criação do Condomínio Comercial da Baixa, delineando uma área de vocação comercial e tratamento discriminado em matéria de taxas e regras de funcionamento. Além da dinamização comercial da Baixa de Coimbra, esta entidade será responsável pela criação de projetos de requalificação arquitetónica e ideias de negócio para lojas desocupadas e consequente atracão de investimento por parte de agentes que nelas possam desenvolver atividades âncora.

Estas são algumas propostas que podem ajudar a responder ao incontornável desafio que temos pela frente para que a inscrição de Coimbra na (longa) lista de locais admitidos pela UNESCO seja mais do que uma vitória moral de uma cidade que há muito precisava de voltar a ser reconhecida no País e no Mundo.

DINO ALVES

Licenciado em Economia

Presidente da Comissão Política Concelhia da JSD Coimbra

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