O programa de comemoração da reabertura do Convento São Francisco começa no dia 8 de abril, com a exibição da peça de teatro “Os Bichos”, baseada na obra homónima de Miguel Torga e encenada pela cooperativa artística Teatro O Bando, em colaboração com companhias de teatro e associações culturais da cidade.
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“É uma forma de preservar a memória que este espaço tem”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, no final da visita que hoje levou perto de uma centena de membros do Conselho Municipal de Juventude de Coimbra (CMJC) e da Associação para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC) ao espaço do convento.
Vinte e seis anos depois da peça de teatro “Os Bichos”, encenada pelo Teatro O Bando, ter lotado por completo a Igreja de São Francisco, volta agora a Coimbra, pelas mãos da mesma companhia, para estrear o maior palco da cidade e um dos maiores do país: o grande auditório do Convento São Francisco.
Uma estreia que vai acontecer a 8 de abril e vai marcar o arranque de um programa cultural de reabertura do novo equipamento à comunidade, que vai decorrer durante a primavera e contar com espetáculos de vários géneros artísticos, nomeadamente de música e teatro. A informação foi avançada aos jornalistas pelo presidente da CMC, no final da visita.
A peça de teatro “Os Bichos” vai estar em cena nos próximos dias 8 e 9 de abril, no Convento São Francisco. Apesar da autarquia ter pago 40 000.oo+ IVA pelos dois espectáculos, a entrada é gratuita.
“Vai ser uma representação da peça de teatro ‘Os Bichos’ que decorreu aqui, na igreja, e onde o próprio Miguel Torga esteve pela última vez”, adiantou o presidente da CMC, explicando, assim, a importância do programa de celebração da reabertura do Convento ter início com este espetáculo.
“A recriação vai ser feita pelo Teatro O Bando, mas convidámos outras companhias de teatro e outras coletividades da cidade a participarem”, acrescentou Manuel Machado, referindo ser “uma forma de preservar a memória que este espaço tem”. O autarca avançou ainda que a peça de teatro vai estar em cena, “pelo menos, dois dias”, a 8 e 9 de abril, e que a entrada será gratuita.
O presidente da CMC conduziu a visita ao espaço, explicando às várias dezenas de convidados, com pormenor, detalhes e características de cada área. E falou ainda das despesas de funcionamento do convento. “Os encargos fixos de abertura deste equipamento são de cerca de um milhão de euros por ano. É o que gastamos em despesas de funcionamento”, sublinhou Manuel Machado, sendo depois questionado pelos jornalistas sobre o custo global da obra. “As contas fazem-se no fim e oportunamente serão divulgadas. Mas posso adiantar-vos que será superior a 40 milhões de euros”, elucidou.
“Esta é uma obra marcante, que está a ser construída em Portugal, e que pretende alavancar uma dinâmica cultural renovada e contribuir também para a atividade económica e turística. É um investimento que creio ser útil e rentável (…), que tem que servir para captar mais visitantes, sem prejuízo dos agentes culturais da cidade”, afirmou ainda o presidente da CMC, no final da visita, que contou também com a presença, entre outros, da vereadora da Cultura da CMC, Carina Gomes, do diretor do Departamento de Cultura, Turismo e Desporto da autarquia, Francisco Paz, e do coordenador do projeto do Convento de S. Francisco, João Aidos. “É uma obra para Coimbra, para a região e para o país”, prosseguiu Manuel Machado, concluindo: “E o nosso interesse é pô-la a funcionar ao serviço da comunidade.”
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