Ver um familiar perder gradualmente a memória, a fala e a autonomia devido ao Alzheimer é uma experiência devastadora. Esta doença neurodegenerativa não tem cura, mas será que a genética determina quem irá desenvolvê-la?
De acordo com o neurologista James Noble, da Universidade de Columbia, existem cerca de 60 genes que podem influenciar ligeiramente o risco de Alzheimer. No entanto, ter um destes genes não significa, necessariamente, que a doença irá manifestar-se.
O Alzheimer de início tardio, o tipo mais comum, surge geralmente após os 65 anos, sendo a idade o maior fator de risco. Aos 85 anos, uma em cada três pessoas pode desenvolver a doença. Já o Alzheimer de início precoce, que ocorre antes dos 65 anos, é muito mais raro e, em alguns casos, está ligado a mutações genéticas herdadas.
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Um dos genes mais estudados no desenvolvimento da doença é o APOE, especialmente a variante APOE-e4. Quem herdar uma cópia deste gene tem um risco triplicado, e quem herdar duas cópias pode ter até 10 vezes mais probabilidade de desenvolver Alzheimer. No entanto, mesmo nestes casos, a doença não é garantida.
Embora seja possível fazer testes para identificar o gene APOE-e4, os especialistas alertam que estes não são uma previsão certeira. Muitas pessoas com este gene nunca desenvolvem Alzheimer, enquanto outras sem ele podem ser diagnosticadas, dá conta a Prevention.
Antes de fazer um teste genético, é essencial ponderar os impactos emocionais e familiares da informação. “Como irá esta descoberta afetar a sua vida? E a sua família?” questiona o profissional.
ndependentemente do fator genético, há medidas que podem reduzir o risco de Alzheimer e de outras demências:
Desafie o cérebro: Em vez de repetir os mesmos quebra-cabeças, experimente diferentes atividades, como aprender um idioma, socializar ou praticar um novo hobby.
Mantenha-se ativo: O exercício melhora a circulação sanguínea e protege contra danos cerebrais. O ideal é praticar pelo menos 150 minutos de atividade física por semana.
Adote uma alimentação saudável: Dietas como a Mediterrânea ou a DASH, ricas em vegetais, frutas e gorduras saudáveis, ajudam a proteger o cérebro.
Durma bem: A qualidade do sono é crucial para a saúde mental. Problemas como a apneia do sono podem aumentar o risco de demência.
Reduza o stress: Práticas como a meditação e a atenção plena ajudam a proteger o cérebro contra os efeitos nocivos do stress crónico.
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