Coimbra

“Nunca mais vou esquecer o que aconteceu naquela tarde”. Vítima emociona-se no Tribunal de Coimbra

Notícias de Coimbra | 10 meses atrás em 07-02-2024

Um casal de 28 e 20 anos começou esta quarta-feira, 7 de fevereiro, a ser julgado no Tribunal de Coimbra pela prática de um crime de homicídio qualificado na forma tentada e um crime de ofensa à integridade física na forma consumada. Factos ocorreram na tarde do Cortejo da Queima das Fitas do ano passado junto à Loja do Cidadão.

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Na sessão desta tarde de quarta-feira, uma das vítimas mostrou-se bastante emocionada com a revelação dos factos ocorridos durante a tarde de terça-feira na Baixa de Coimbra. De acordo com a vítima, a arguida namorou durante 7 anos com o seu filho, tendo o caso acabado quando o filho e a arguida foram presos no âmbito de outro processo.

Até lá, recordou, a arguida – atualmente com 20 anos – foi sempre vista pela vítima como “uma filha”, tendo-a ajudado enquanto namorou com o filho e mesmo depois de ter deixado de ter alguma ligação com o filho. “Aliás, recordou que ela sempre a considerou sua filha enquanto namorou com o filho. “Tinhamos um relacionamento tipo mãe e filha”, afirmou.

No final de 2022, como recordou no tribunal, a antiga companheira do filho e arguida começou a namorar com o outro arguido deste processo. É a partir daqui que o relacionamento muda, ao ponto da vítima começar a receber mensagens escritas do homem de 28 anos e antigo amigo dos filhos.

A situação piorou no mês de maio de 2023, altura em que o arguido e o irmão do antigo namorado da sua companheira (e também arguida) tiveram uma situação que envolveu alguma violência, mas sem grandes consequências físicas para ambos.

Até que, na tarde de 23 de maio de 2023, um encontro fortuito na Baixa da cidade de Coimbra acabou por resultar em violência com uso de uma ou mais armas brancas. Em nenhum momento do julgamento foi possível confirmar se foi usado um x-ato ou uma ou duas navalhas.

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A própria forma como tudo aconteceu naquela tarde contou com versões diferentes das duas vítimas. O que é certo é que a vítima do sexo masculino esteve uma semana internada no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, enquanto a outra vítima do sexo feminino – mãe deste – também sofreu alguns ferimentos de menor dimensão.

Os factos foram relatados com bastante emoção, tendo o advogado de um dos arguidos ainda tentado encontrar algumas contradições entre o depoimento prestado pela vítima do sexo feminino em junho de 2023 e as declarações da tarde desta quarta-feira.

Na sessão, é de registar o silêncio “para já” dos dois arguidos – a rapariga de 20 anos está presa preventivamente num estabelecimento prisional e o homem usa pulseira eletrónica – e as declarações de um dos seus familiares que foram desvalorizados pelo coletivo de juizes.

No final da sessão foram ouvidas duas das testemunhas dos factos ocorridos na tarde do Cortejo da Queima das Fitas. Devido a possíveis retaliações dos arguidos, estiveram noutra sala do tribunal mas acabaram por divulgar os seus nomes e locais de trabalho. O julgamento prossegue na próxima semana.

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