Aquela pastilha elástica que mastiga pode ser muito mais do que um simples refrescante de hálito. A maioria contém borrachas sintéticas, semelhantes às usadas em pneus de automóveis e sacos plásticos. Ou seja, sem o saber, pode estar a mastigar microplásticos.
A indústria das pastilhas elásticas movimenta cerca de 48 mil milhões de dólares por ano e produz mais de 2,4 milhões de toneladas desse material. No entanto, a falta de transparência dos fabricantes faz com que poucos consumidores saibam realmente o que estão a colocar na boca. Nos rótulos, os ingredientes são frequentemente ocultados sob o termo genérico “base de pastilha elástica”, omitindo a presença de substâncias como estireno-butadieno (usado em pneus) e polietileno (plástico de sacos e garrafas).
E o problema não termina quando a pastilha é descartada. Assim como outros plásticos, não se degrada facilmente e transforma-se em microplásticos que poluem ruas, parques e oceanos. A remoção desse lixo é cara e demorada, custando milhões anualmente aos municípios, como consta no ZAP.
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Para combater este problema, algumas iniciativas têm surgido, como a instalação de coletores específicos para reciclagem e alternativas à base de plantas. No entanto, especialistas alertam que o verdadeiro problema não é a limpeza, mas sim a necessidade de reduzir o consumo e exigir transparência da indústria.
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