O novo provedor do estudante da Universidade de Coimbra, Paulo Peixoto, que hoje foi empossado, defende que a sua função, “sendo unipessoal, personalizada, é na verdade coletiva”, já que implica um esforço conjunto da comunidade académica.
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“O bom desempenho do provedor do estudante depende de um esforço conjunto”, pois não se substitui à Associação Académica, aos núcleos de estudantes, aos conselhos pedagógicos, nem aos diretores das unidades orgânicas, disse Paulo Peixoto hoje à tarde, durante a sessão da sua tomada de posse.
Além do “papel de mediador”, o provedor do estudante tem também uma função importante no âmbito da cooperação, sustentou.
Doutorado em sociologia, Paulo Peixoto, de 50 anos, é professor da Faculdade de Economia e investigador no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC) e sucede no cargo de Provedor do Estudante a Cristina Albuquerque, docente da mesma Faculdade e atual vice-reitora.
Antes o lugar, criado há nove anos, foi ocupado por Rogério Leal e por José Luís Afonso.
A ação do provedor situa-se também no domínio da consciencialização da comunidade académica da UC, “tendo em vista a prestação de um serviço de qualidade, que seja eficaz e eficiente, mas, ao mesmo tempo, atencioso e respeitoso, sobretudo em relação aos estudantes”, sustentou ainda Paulo Peixoto.
Como recentemente disse o reitor a UC, Amílcar Falcão, o trabalho do provedor do estudante é fundamental para que exista na Universidade uma “ação social eficaz e com capacidade de apoiar os mais desfavorecidos” e uma igualdade a todos os níveis, designadamente no género, na raça e na religião, sublinhou.
“Acima de tudo, o provedor tem de ter a independência suficiente para assegurar a defesa dos direitos, das liberdades, das garantias e dos legítimos interesses dos estudantes dentro de um espírito de imparcialidade”, sintetizou Paulo Peixoto.
Enquanto mediador, “muitas vezes em situações de conflito”, o provedor propõe soluções que “não agradam exatamente a nenhuma das partes”, o que faz com que “a imparcialidade que guia a sua conduta não seja sinónimo de popularidade”, mas, salientou, “a imparcialidade é, sem sombra de dúvidas”, a luz que o guia.
Na sessão de tomada de posse do novo provedor, conferida pelo presidente do Conselho Geral, João Caraça, também interveio Amílcar Falcão, que espera que “o provedor esteja atento e que denuncie” para que “os problemas possam ser ultrapassados” e para que a Universidade seja “cada vez mais solidária, humana, atenta e preocupada com os estudantes”.
Amílcar Falcão, que é reitor da UC desde 01 de março deste ano (sucedendo a João Gabriel Silva), considerou que Paulo Peixoto “tem todas as características para ser um excelente provedor”, destacando o facto de ter sido “uma escolha unânime”, que “não levantou dúvidas a ninguém”, principalmente entre os estudantes.
O Provedor do Estudante é designado pelo Conselho Geral, sob proposta do reitor, depois de ouvidos o Senado e a Associação Académica de Coimbra.
Com mandato de três anos, a missão do provedor passa pela “defesa e promoção dos direitos e interesses legítimos dos estudantes, atuando mediante a receção de mensagens (consultas, elogios, participações, queixas, petições ou sugestões) enviadas pelos alunos da instituição, sem prejuízo da iniciativa própria que lhe assiste”.
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