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Novo programa político dos liberais aprovado com 97,89% dos votos
O novo programa político da IL foi hoje aprovado com 97,89% dos votos na VIII Convenção Nacional, um documento alterado pela primeira vez desde a fundação do partido.
Depois de na véspera falhar o objetivo de alterar os estatutos por nenhuma das duas propostas ter alcançado os dois terços dos votos necessários, hoje a reunião magna conseguiu aprovar a proposta da Comissão Executiva para mudar este documento estratégico.
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Dos 522 membros da IL que votaram, registaram-se 511 votos a favor, 10 abstenções e um voto contra, numa votação que decorreu de forma presencial e ‘online’.
Na apresentação da proposta, que antecedeu o debate com cerca de seis dezenas de intervenções, o deputado liberal Bernardo Blanco justificou as alterações ao programa político da IL com a necessidade de retirar posições problemáticas e riscos políticos, além de inscrever novos temas. Considerou também que o novo texto defende “ideias corajosas” como “mais nenhum partido”.
O deputado liberal afirmou que esta é “a base ideológica e o pensamento político” da IL e que corporiza aquilo em que o partido acredita, mas sem ser “panfletário ou um programa eleitoral”.
Referindo que o atual documento tem “posições demasiado eleitorais e detalhadas” e “posições contraditórias” com aquelas que a IL tem vindo a defender, Bernardo Blanco afirmou que era preciso eliminar “alguns riscos políticos” e mostrar que o partido evoluiu.
Sobre aquilo que mudou nesta nova proposta – que assegurou ter sido “o processo mais participado da história da IL” – o deputado detalhou que foram retiradas “posições mais problemáticas”.
“Inserimos novos temas onde o programa político atual nada diz. Poder local, sustentabilidade migrações, habitação. Muitos deles não podemos deixar que fiquem apenas para outros partidos”, adiantou.
O programa é dividido em seis eixos: direitos, liberdades e garantias; organização política; soberania; economia; sociedade e estado social.
Entre as “posições corajosas” que tem a certeza que “mais nenhum partido colocaria”, Bernardo Blanco apontou a ideia de que IL “não se revê num Estado paternalista que force uma igualdade de resultados” ou a defesa de um “Estado enxuto, com uma Administração Pública transparente, instituições fortes, descentralizado e orçamentalmente responsável”.
Uma “função pública mais pequena, eficiente e qualificada, sujeita a avaliações de mérito e adequadamente remunerada” ou a ideia de “quer os lucros quer os prejuízos privados não devem ser socializados” são outros dos aspetos deste documento nos quais os liberais se assumem como o partido do “primado da liberdade individual”.
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