Coimbra
Novo presidente da Associação Académica de Coimbra quer mais bolsas e residências
O próximo presidente da Associação Académica de Coimbra, eleito na segunda volta das eleições, com 53,4% dos votos, quer lutar por mais ação social, considerando que a falta de bolsas e residências universitárias leva ao abandono do ensino superior.
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A atual solução governativa “tem tido algum efeito positivo no ensino superior”, nomeadamente a descida da propina em 212 euros, disse à agência Lusa Daniel Azenha, eleito presidente da direção-geral da Associação Académica de Coimbra (AAC), na segunda volta das eleições, que decorreu na segunda e terça-feira.
No entanto, acrescentou, “continua a haver muitos outros problemas” nas universidades portuguesas, que levam “muitos estudantes a não chegar sequer ao ensino superior e outros a acabar por desistir”.
Para o próximo líder da AAC, que foi vice-presidente da direção-geral nos últimos dois mandatos, a ação social “está muito direcionada para o pagamento da propina”, sendo necessário que as bolsas sirvam “para pagar o alojamento, o transporte, o dia-a-dia dos estudantes”.
Além disso, Daniel Azenha defende também um aumento da oferta de residências universitárias em Coimbra, “onde existem muitos edifícios devolutos”, num momento em que os alunos se confrontam com “um aumento brutal do preço da habitação e acabam por ficar impedidos de se deslocarem para outros pontos do país, porque não têm condições [para pagar a habitação]”.
Segundo Daniel Azenha, é necessário “os estudantes aproveitarem esta onda [de descontentamento social]”.
“Durante este mandato e ainda antes das legislativas, vamos apresentar uma visão do ensino superior para a próxima década, em todos os seus campos, mas não podemos abdicar de uma reivindicação forte”, salientou o estudante de 23 anos, que frequenta o mestrado em Geografia Humana.
Para o próximo presidente da AAC, a reivindicação não pode estar “só focada no momento em que o estudante está no ensino superior”, sendo necessário abordar o pré-universitário e as condições de acesso às universidades, bem como o pós-universitário.
“A estatística melhorou, mas continua a ser difícil para um jovem entrar no mercado de trabalho, não consegue progredir na carreira, tem dificuldade no acesso à primeira habitação e dificuldade na construção da sua vida”, vincou o estudante.
A nível interno, Daniel Azenha pretende que a AAC se afirme como agente cultural e assuma uma aproximação à cidade, e, no desporto, pretende garantir condições nas secções desportivas para que mais estudantes pratiquem desporto no ensino superior.
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