Economia

Novo Banco aumenta prejuízos em 25,5!

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 anos atrás em 26-03-2021

O Novo Banco registou prejuízos de 1.329,3 milhões de euros em 2020, um agravamento face aos 1.058,8 registados em 2019, foi hoje divulgado.

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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a instituição presidida por António Ramalho realçou “um impacto negativo de 300,2 milhões de euros resultado de avaliações independentes aos fundos de reestruturação”.

O Novo Banco constituiu ainda “1.191,5 milhões de euros de imparidades e provisões, em resultado da descontinuação do negócio em Espanha e do agravamento do nível de incumprimento de alguns clientes (crédito a clientes, garantias e instituições de crédito)”.

Das imparidades e provisões, 268,8 milhões dizem respeito a imparidades para fazer face à pandemia de covid-19 e “123,9 milhões de euros de reforço da provisão para reestruturação”.

Na conferência de imprensa de apresentação de resultados, o presidente executivo do banco, António Ramalho, partilhou o seu “algum agrado” em apresentar as últimas contas segregadas entre a atividade recorrente e o legado do Banco Espírito Santo (BES).

“Com o fim do ciclo [de reestruturação] em 2020, a partir de 2021 e desde o primeiro trimestre as contas serão únicas e apenas umas, e não precisam desta separação que foi determinada em função dos objetivos centrais fixados entre 2017 e 2020”, acrescentou o gestor.

António Ramalho disse que o resultado recorrente do banco foi de 187 milhões de euros “em linha com o do ano passado”, em que o resultado obtido tinha sido de 186,4 milhões de euros.

Já o legado foi negativo em 1.198,9 milhões de euros, que inclui a “avaliação independente das participações em fundos de reestruturação, incluindo avaliações dos ativos subjacentes, com impacto negativo de -300,2 ME”, que foram para o balanço pela primeira vez.

Foram também constituídas “imparidades e provisões no valor de -805,5 ME, incluindo a descontinuação da atividade em Espanha (-166,0 ME), a provisão para reestruturação (-123,9 ME), conjugado com o agravamento do nível de incumprimento de alguns clientes (crédito a clientes, garantias e instituições de crédito)”, de acordo com o comunicado.

Na conta final de todo o banco, a margem financeira aumentou 8,3% para 555,1 milhões de euros e o produto bancário subiu 0,3% para 827 milhões de euros.

Os custos operativos baixaram 1,6%, para 431,8 milhões de euros, e as imparidades e provisões aumentaram 39,3% para 1.191,5 milhões de euros.

A destacar há também os resultados negativos em operações financeiras, de 72,5 milhões de euros, “reflexo da volatilidade nos mercados financeiros e de capitais em 2020 e dos resultados da operação de Liability Management Exercise”, uma operação de troca de obrigações, em 27 milhões de euros.

Em termos de rácios, o crédito malparado está nos 8,9%, uma descida de 3,2 pontos percentuais face a 2019, e o de capital de CET1 está nos 11,3%% e o total nos 13,3%.

Os rácios de capital estão inferiores aos de 2019 “devido à alteração do nível de proteção do Mecanismo de Capitalização Contingente”, de acordo com o Novo Banco.

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