São várias as contradições no processo do caso da grávida da Murtosa. Mas de uma coisa não há dúvidas: Mónica Silva foi assassinada no apartamento de Fernando na Torreira.
A limpeza terá sido feita em dois dias: uma no dia 4 e outra no dia 6, segundo consta no processo que culminou na acusação de Fernando Valente e que o Correio da Manhã teve acesso.
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Comecemos pelo primeiro dia. Os trabalhos foram contratados por Manuel Valente (pai) e pelo filho com a ajuda de um terceiro homem – o das limpezas. Foi contratado para limpar tudo o que indicasse a presença de Mónica naquele apartamento com instruções muito simples: começava no quarto e só depois avançava para as restantes divisões.
Já no dia 6, dois dias depois, voltaram ao apartamento. A localização dos telemóveis de pai e filho confirmam que estiveram à mesma hora na Torreira, bem como há imagens de videovigilância de um posto de combustível que mostram ambos juntos, minutos antes do encontro. Assim como, um testemunho que confirma a presença de um terceiro homem no segundo dia de limpezas e sabe-se que não é o que foi contratado no dia 4.
Esta testemunha, que pede completo anonimato por temer a sua integridade, diz que da varanda viu dois homens a lavarem as escadas do prédio. “Sentiu um odor a ácido ou químico. Usavam galochas, mangueira e vassoura. Viu-os ainda a levar uma caixa pesada para a carrinha, que estava na rua: e foi aqui que avistou o terceiro elemento”, pode ler-se na notícia.
Não conseguiu ver quem eram, mas depois de ver as notícias indicou que seria Manuel Valente. Chegou a cruzar-se com ele na rua. Percebeu logo que foi vista e “que estava a ser controlada”.
Esta pessoa sabe que Manuel “é uma pessoa difícil e que tem um passado obscuro”.
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Ao fim de um ano, não há provas contra o casal e só Fernando foi acusado de ter matado Mónica.
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