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Nova gestão da TAP entra quando reestruturação ficar fechada
O ministro das Infraestruturas disse hoje que está a decorrer o processo para a escolha da nova gestão da TAP, que quer que assuma depois de se fechar o plano de reestruturação com Bruxelas e se avançar para a execução.
“Gostaríamos que entrasse a partir do momento em que seja preciso executar o plano de reestruturação”, adiantou Pedro Nuno Santos, referindo-se ao processo de escolha de gestores para os cargos de topo da companhia aérea, que está a ser levado a cabo pela consultora Korn Ferry, escolhida pelo Governo.
Segundo o ministro das Infraestruturas e da Habitação – que falava numa conferência de imprensa conjunta com o secretário de Estado do Tesouro Miguel Cruz, para apresentar publicamente o plano de reestruturação da transportadora aérea -, se o Governo conseguir fechar o plano de reestruturação com a Comissão Europeia até fevereiro, a nova equipa de gestão deverá entrar nessa altura.
No entanto, Pedro Nuno Santos deixou uma palavra de agradecimento ao presidente executivo interino da TAP, Ramiro Sequeira, que substituiu Antonoaldo Neves, considerando que tem executado um “belíssimo trabalho”.
Relativamente ao plano entregue na quinta-feira a Bruxelas, Pedro Nuno Santos adiantou que a ideia não passa por reduzir rotas, apesar da redução prevista da frota, de 108 para 88 aviões.
“A prazo queremos manter as rotas que temos”, disse o ministro, avançando que a expectativa é de que a TAP esteja a operar, no verão de 2021, o mesmo número de rotas que operava no verão de 2019.
Segundo o Governo, o plano de reestruturação não prevê a redução de pessoal da Portugália.
“A Portugália nunca atingirá o custo unitário de uma ‘low cost’, mas nós sabemos que entre as ‘low cost’ e as companhias de bandeira há um segmento de mercado que pode ser explorado”, avançou o ministro, referindo-se à operação de voos de curto e médio curso da TAP Express.
“Nós vamos reforçar a frota dos aviões [da Portugália] para o dobro. Temos ATR [bimotores de médio porte] que vão acabar por ser descontinuados, ficaremos com 13 [aeronaves da fabricante] Embraer, ou seja, duplicaremos a rota de Embraer da Portugália, portanto, para 26”, explicou Pedro Nuno Santos.
Quanto à operação no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, o governante disse não haver qualquer intenção de a “reduzir ou penalizar”.
“A aposta na TAP Express vai, pelo menos, permitir, ou tornar viável, um conjunto de operações que não são, se forem feitas pelas TAP. […] Vamos aumentar a capacidade de servir a região norte a partir do [aeroporto] Sá Carneiro, mas, mais uma vez, é um trabalho da gestão e que depende da procura”, acrescentou.
O Governo entregou na quinta-feira o plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, que, segundo detalhou hoje o ministro, prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.
O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88.
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