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Notícias de Coimbra ajuda Câmara e Universidade

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 13-04-2014

A Universidade de Coimbra (UC) e a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) estabeleceram uma parceria para a (re)edição de uma agenda cultural online sem terem o cuidado de acautelar o registo do(o) respectivo(s) domínio (s) e a propriedade da marca, o que demonstra uma clara falta de cuidado na gestão do dinheiro dos contribuintes e uma postura claramente afastada da realidade da propriedade intelectual ou industrial .

A história deste “invento” merece ser contada, para que o e-leitor possa saber como estas coisas são tratadas nos corredores do poder, que pose vezes são de cor mais cinzenta do que a massa gasta para que alguns servidores possam passear com os olhos no seu umbigo.

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A Universidade de Coimbra tem editado uma publicação, cujo micro site está “escondido” no site da instituição, a que deu o nome de Agenda 7. É (era) um suposto boletim de informação cultural, desconhecido da esmagadora maioria da população de Coimbra que tem usufruído e bem dos seus tempos livres, apesar de nunca programado um momento de lazer com base na informação disponibilizada na “agenda” actualizada a “conta-gotas” e com grandes períodos de “descanso” informativo, certamente aproveitados  para o gozo de  férias pela maioria dos deviam trabalhar mais e melhor para justificarem o que recebem antes do fim do mês.

Se a referida “Agenda 7” encerrasse discretamente, decerto que apenas os que vivem dela é que notariam o seu encerramento, acontecimento que constituiria um bom motivo para festejar, pois, como o e-leitor sabe, o Magnifico Reitor não perde uma oportunidade para lamentar que não tem orçamento para quase nada, pelo que devia ser o primeiro a impedir este tipo de desvarios na instituição que se poder considerar tecnicamente falida.

No entanto, gorando as expectativas de um conjunto de especialistas em comunicação consultados por NDC, que não encontram quaisquer mais valias que justifiquem a existência deste tipo de conceitos e conteúdos sob a égide da universidade ou do município, que acrescentam que não vislumbram qualquer interesse noticioso na referia agenda, mais não seja porque esse serviço público é assegurado pelos media locais e nacionais, não é isso que vai a acontecer à quase clandestina edição.

Assim, a Universidade de Coimbra, sem que se conheça a razão de ter descido da Alta para a Baixa, entendeu que não podia continuar a suportar sozinha a “criança” que tem vivido sob anonimato desde que nasceu e decidiu pedir a ajuda à Câmara Municipal de Coimbra, que de imediato ouviu o grito de socorro.

No limite, o casamento e o investimento do município em algo deste tipo até se podia justificar, mas apenas se a CMC não tivesse a sua própria agenda e um site do Turismo de Coimbra dedicados a esta temática, onde de resto tem alocado vários meios humanos que custam muito dinheiro ao erário municipal e onde o nível de produção deixa muito a desejar.

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Esta “sinergias proactivas polinucleadas” do município com a instituição do ensino superior, “negociada” entre a Vice-Reitora Clara Almeida Santos e a Vereadora Carina Gomes, prevê o (re)lançamento  da “moribunda” Agenda 7, onde, por sugestão da CMC, irá ser acrescentada a palavra Coimbra.

Verificando que as mentoras do projecto descuraram o registo de qualquer domínio para a “Agenda7Coimbra”, bem como o direito de utilização da marca, NDC decidiu assumir a postura cidadã (deve ser realçada, mas não precisa de ser louvada),de as substituir nessa tarefa, com o singelo objectivo de evitar que alguém, com objectivos menos filantrópicos que os nossos, decidisse ficar com todo o tipo de direitos directos e conexos da que se espera que venha a  ser uma edição mais  do século XXI do que anos 80 do século passado.

Como a apresentação do projecto está marcada para esta segunda-feira (14 de Abril, pelas 14 horas, no Edifício Chiado), para que se possa evitar que a CMC possa tomar a decisão de romper o acordo celebrado com a CMC, onde na alínea a) da cláusula 3ª se pode ler que a Universidade é a reponsavel pelo registo, que como sabe quem lida com a Internet deveria ser num domínio .pt ou .com e não num qualquer subdomínio de difícil acesso e pesquisa complicada, NDC disponibiliza-se de imediato para ceder às duas entidades o registo de propriedade da marca “Agenda 7 Coimbra” e a respectiva visibilidade  em agenda7coimbra.PT, .COM, COM.PT, .NET, .EU, .ORF.NET e .INFO, bem como o mesmo endereço para Facebook, cuja reserva também não foi efectuada por quem muito fala e pouco faz.

NDC não exige qualquer contrapartida financeira para que a CMC e UC possam vir a usufruir de toda esta universalidade “Agenda 7 Coimbra”, aceitando apenas receber os valores que despendeu para assegurar que a que mesma possa ser transferida o mais breve possível para as duas conceituadas instituições e sugere que a cedência seja feita com a devida pompa, em circunstâncias a combinar entre as partes, devendo a cerimónia integrar um espectáculo gratuito para quem desejar visitar a cidade que é capital do conhecimento na véspera do feriado municipal, sugerindo que, para se possa alcançar todo  o tipo de público-alvo, seja agendado um concerto abrilhantado pelos conceituados artistas Rosinha e Pete Tha Zouk, mas não excluí a possibilidade de serem sugeridos outros nomes para encabeçarem o cartaz.

Recordamos que o protocolo entre a UC e a CMC, já aprovado pela maioria dos vereadores da 8 de Maio, contempla uma campanha de promoção de lançamento do “produto”, orçada em milhares de Euros, suportada pela autarquia presidida por Manuel Machado, ficando a instituição liderada por João Gabriel Silva de assegurar o pagamento das despesas de manutenção da publicação, que também nos vai custar bastante mais do que o valor que devia ter sido investido na promoção da parte de Coimbra que é Património Mundial, que nem um simples autocolante imprimiu para distribuir na Bolsa de Turismo de Lisboa, evento que teria sido mais útil que o passeio que Clara Almeida Santos e Carina Gomes deram na FIL, para depois só aparecerem nos queridos diários de proximidade.

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