A pequena localidade de Faíscas, na freguesia de Arazede, em Montemor-o-Velho, foi palco de uma tragédia que deixou a comunidade em estado de choque.
Um homem, de 41 anos, assassinou os pais e a avó a tiro, antes de tirar a própria vida. O crime ocorreu na madrugada do dia 26 de maio de 2016 e, até ao momento, as razões que o levaram a cometer este ato brutal ainda estão por esclarecer.
Os vizinhos e familiares das vítimas, bem como os habitantes da zona, ficaram sem palavras face a tamanha violência. O crime foi descoberto depois de um alerta dado pela vizinhança, que ouviu tiros vindos daquela casa onde morava o homicida juntamente com a família. Quando as autoridades chegaram ao local, por volta das 5:00, o homem já estava barricado na casa, tendo cometido o suicídio pouco tempo depois.
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Paulo havia regressado a Portugal há apenas três meses depois de ter vivido no Luxemburgo, estava a viver com os pais, a avó e outros dois membros da família quando, por razões ainda desconhecidas, se iniciou uma discussão violenta entre ele e o pai. Segundo testemunhas, o homem saiu da cozinha e, quando retornou, estava armado com uma caçadeira. Foi nesse momento que disparou contra os familiares, matando o pai e a mãe, bem como a avó, que se encontravam no mesmo local.
Após os homicídios, as visitas e a filha de 8 anos conseguiram fugir da casa e alertaram as autoridades. As forças de segurança encontraram, mais tarde, o corpo do agressor dentro da habitação, já sem vida, descreve o Correio da Manhã.
Antes de cometer os homicídios, deixou uma mensagem enigmática no seu Facebook, que levantou suspeitas sobre o seu estado emocional. Na mensagem, expressou sinais de revolta, fazendo referência à OGBL, uma central sindical luxemburguesa, o que alimentou ainda mais a dúvida sobre os motivos que levaram ao crime. A GNR confirmou que o homem sofria de depressão, mas não havia histórico de violência nas suas relações familiares.
Apesar da gravidade da tragédia, as razões que levaram Paulo a matar os próprios pais e a avó permanecem um mistério. Aparentemente, não existiam antecedentes de agressões ou conflitos familiares graves, o que torna o caso ainda mais incompreensível para quem conhecia o homem. O seu comportamento antes do crime, com sinais de revolta e frustração, levanta questões sobre o que realmente o levou a cometer este ato extremo.
A comunidade de Faíscas tenta lidar com o choque e a dor desta tragédia que ceifou a vida de três pessoas inocentes e devastou uma família. A dúvida persiste: o que terá levado Paulo da Cruz a cometer um crime tão brutal?
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