Cidade

A noite em que Cidade foi mais Machadista que Machado!

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 27-10-2016

Manuel Machado foi o ausente mais presente debate promovido pela Rádio Universidade de Coimbra (RUC)  sobre os 3 anos de mandato deste executivo municipal.

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Notícias de Coimbra identifica desde já o culpado. É Carlos Cidade. Sim. Carlos assumiu, citou e elogiou o seu camarada durante as duas horas em que participou no programa da RUC.

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Informação para os mais novos ou desatentos: No final do século foi chefe de gabinete de Machado quanto este liderou a Municipal de Coimbra (CMC). Desde 2013 é Vereador da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) presidida pelo mesmo Machado.

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Carlos Cidade (CC) declarou alto e bom som, que é o responsável por Manuel Machado (MM) ter regressado à 8 de maio. O Jurista salienta que se não fosse a experiência do seu camarada economista  o Convento de São Francisco ainda não estaria pronto. “É preciso saber fazer diplomacia política, felizmente, temos um presidente da câmara que a sabe fazer”, conclui CC, antes de falar em “bota abaixismo” e “pau na roda”, palavras muito usadas por MM.

No fim desta espécie de tempo de antena de CC, Nº 3 da CMC apetece escrever que ele está  a aproveitar bem a ausência (outra vez de férias!) de Rosa Reis Marques (RRM), a Nº 2 de MM.

 Está a reposicionar-se para novas batalhas? NDC não entra no jogo do poder local, mas tem de recordar que o Vereador do Desporto e o Presidente da Câmara não jogaram na mesma equipa durante algumas sessões do executivo municipal. Quem não se lembra das tácticas diferentes sobre o dinheiro que o município quer dar à Académica.

Moderadores e políticos posam para NDC no final do debate

Moderadores e políticos posam para NDC no final do debate

Vamos alargar o debate. No TAGV estão os cabeças de lista do PSD – Barbosa de Melo, CDU – Francisco Queirós e CPC – Ferreira da Silva. A moderação é dos radialistas Isabel Simões e Tomás Nogueira. Todos com direito de ante em 107.9 FM e em www.ruc.fm

Tal como na bola, este programa teve duas partes. A primeira em directo. A segunda gravada. Uma opção editorial discutível e que não engradeceu  a boa iniciativa da RUC. Imaginem um União de Coimbra – Académica com metade do desafio à porta fechada? Ainda bem que não houve penaltis.

Pelas 21:00, hora de inicio do programa, uma dúzia de eleitores fazia questão de assistir ao debate.  A maioria trabalha na CMC. Às 23, quando acabou o debate, estavam 3 dúzias. PS venceu por larga maioria. Do PSD só reconhecemos Francisco Costa.

Ferreira da Silva (FS) , Barbosa de Melo (BM) e Francisco Queirós (FQ) alegam que Manuel Machado é  muito  centralista. Os dois primeiros são os mais radicaais. Não, defente CC: 90% das decisões da CMC são tomadas por unanimidade.  Não diz se dá nota positiva a Manuel Machado. Salienta que não traí o seu programa. BM afirma que este poder de Manuel Machado abafa Coimbra. FQ não consegue responder se dá nota positiva ao quase parceiro de coligação.

CC continua incansável a defender MM. FS pergunta se isto é alguma sessão de esclarecimento. Não felicita Cidade por este ter escolhido Machado…o que terá obrigado ao aparecimento do CPC.

FS começa continua a atirar para a esquerda que é a sua direita. Lembra que a CDU se absteve quando foi contratado João Aidos. Unidade de Missão do Convento não funciona, salienta o advogado, que lamenta que a mesma não esteja a ser liderada por Zeferino Ferreira. Recorda que o Convento não teve programação durante o verão. Lembram quando Machado quis fazer um ajuste directo de 10 milhões? O Cidadãos acusa mesmo que o Presidente da CMC de fazer ajustes directos ilegais e politicamente incorrectos.

CC conta uma história épica,  ironiza BM. O social democrata equipara Machado ao “grande arquitecto”. Lembra ao socialista que quem começa a mentir devagarinho…

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Chegamos ao Convento. O anterior presidente da CMC  afirma que o seu sucessor está a obrigar o município a de ter suportar custos que podiam ter sido imputados à MRG (que está em litígio com a Câmara depois de ter sido obrigada a abandonar a obra). Não há um Modelo de gestão. Há um conjunto de pessoas. 3 anos depois os donos do poder local continuam como baratas tontas, acusa Barbosa de Melo.

A moderadora lembra que a CDU queria as pintura de Miró no São Francisco antes de dar a palavra a Francisco Queirós.

Há dois caminhos possíveis para o Convento salienta o comunista. Defende uma gestão pública do equipamento. Câmara deve decidir grandes linhas orientadoras, não o dia a dia, salienta Queirós. Lembra as trapalhadas com João Aidos denunciadas por NDC. Os salários em atraso em empresas contratadas pelo município. Não se sabe quem manda. Não se sabe onde se podem procurar os preços. Queremos transparência, tudo se encavalita ali, conclui Queirós.

São 10 da noite.

A RUC corta a emissão. Temos mais uma hora de conversa. O público pode fazer perguntas. Estamos na rádio, mas vão ter de escrever, depois as questões são lidas pelos apresentadores.

Os assistentes fizerem 4 . Duas das Repúblicas. Duas de socialistas. Falamos de Luís Silva e Ferreira da Silva. Não. Não são família. E este Ferreira da Silva não é o do CPC, Este, José Manuel é líder da bancada socialista na CMC. José Augusto é o do CPC. Têm mais uma coisa em comum para além do apelido. Ambos são advogados.

Damos um salto ao Mondego, muito por cima, que é preciso cuidado com a areia. Houve uma má gestão dos nossos recursos hídricos. Polis permitiu construir em leito de cheia, frisa Francisco Queirós, da CDU.

Barbosa de Melo afirma que desassoreamento devia ter começado na década de 80.  Não basta vir para os jornais falar com voz grossa, uma indirecta para Manuel Machado. Lembra o protocolo do seu tempo…que não serviu para nada. Ninguém quis fazer o serviço em troca de areia. No meu tempo a câmara ia pagar 0. Agora paga 1 milhão. Fica mais caro…como no Convento, acusa o ex-Presidente que se deixou derrotar por Manuel Machado.

Ferreira da Silva, volta a referir que não há relatório do que aconteceu. Ninguém quer esclarecer nada. Não há diferença entre PS e PSD, lamenta vereador CPC. Estão em jogo 10 milhões entre muros e desassoreamento…mas ninguém na cidade sabe o que vai ser feito. Lembra que é perigoso estacionar na Avenida Aeminium.
Recorda o famigerado processo do Cartola antes de  referir que durante o verão a CMC abandonou o Parque Verde.

Cidade lembra que Barbosa anunciou na primeira página do Diário de Coimbra que ia avançar com a obra . Não fez nada, acusa o defensor de Machado. Vocês prometem. Nós fazemos, diz o número 3 da CMC, antes de atribuir culpas ao Ceira pelas inundações em Coimbra.Socialista compara requalificação ribeirinha à obra da Ponte Europa.

Tem a palavra, perdão, a caneta, o público:
Primeira questão é da Associação das Repúblicas… sobre Repúblicas de Coimbra.
Cidade aproveita para elogiar Rui Duarte, que enquanto deputado participou nesta discussão. Repúblicos afirmam que foi entregue uma petição na Câmara. Que não tiveram resposta, Não. Foi na Assembleia, emenda Cidade.

Francisco Queirós afirma que as Repúblicas são o melhor que Coimbra tem. Exige que AMC e CMC tomem posição. Já tinha falado disto na última reunião da CMC

É o nosso património da humanidade, salienta Barbosa de Melo, antes de referir que a carta das Repúblicas deve ter ido parar a uma vala comum. O habitual por estas alturas de governo socialista local. Tem esperança que a Assembleia da Republica resolva.

Quando não se quer fazer nada promete-se que se vai fazer uma Lei, ironiza Ferreira da Silva. O representante do CPC diz que é tudo conversa. Afirma que Manuel Machado não tem muita vontade de fazer. Que Rui Duarte nada fez. Coimbra não tem orçamento participativo. Manuel Machado recebe mal os munícipes. É vergonhoso o que se passa em Coimbra, conclui.

São quase 23:00. O jogo continua empatado. Todos fizeram jogadas geniais. O melhor ataque acabou por ser a defesa. É um apronto muito à Coimbra.

Carlos Cidade aproveita para afirmar que hoje percebeu porque Barbosa de Melo nunca mais será presidente da Câmara. Já entendi porque perdeu.cita Nicolau Santos. Em Coimbra esta a ser construído o futuro.

Politica deve ser feita com P grande defende BM, visivelmente irritado com insinuações do defensor de Manuel Machado.
Ferreira da Silva: Coimbra não tem orçamento participativo . É vergonhoso o que se passa em Coimbra. Manuel Machado recebe mal os munícipes.

Quem vai e quem fica…para o próximo acto eleitoral.

Barbosa de Melo não diz se será ou não candidato. Espera pela decisão do partido, que, acrescentamos nós, está mais virado para mitos como Álvaro Amara, Jaime Ramos ou Nuno Freitas.
Quem se candidata são os partidos, afirma Cidade, contornando a questão sobre se apoiará a recandidatura de Manuel Machado. Adia questão para convenção autarca do PS que decorrerá no principio de novembro.

Francisco Queirós remete a questão das candidaturas para congresso do PCP. Acrescenta que, como é óbvio, apoiará candidatos da CDU.

Ferreira da Silva lembra que os grupos de cidadãos se dissolvem no dia da eleição. Informa que há Plenário de Cidadão no dia 19 de novembro. Vão decidir se voltam a ser candidatos. Será necessário obter 4 000 assinaturas.
Cidade cita Nicolau Santos. Em Coimbra esta a ser construído o futuro.

Na espuma do dia em que feijão frade podre foi servido nas escolas do concelho, o debate azeda. 

CC e FS adotam um registo revolucionário. (Quem sabe, nunca esquece). O verniz estalou quando  os eleitos do PS e CPC tocaram no orçamento participativo. Não há, afirma FS. Há, garante CC.  O vereador do CPC afirma que o camarada do PS está a fazer chicana politico. Elevam o tom de voz. Não há, diz  o NDC em diferido quase em directo no acompanhamento que fez no Facebook.

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No fim do evento o camaradas voltam a ficar amigos. Na verdade nunca estiveram zangados. Só estariam felizes por o debate os ter recuar até ao período revolucionário?

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