Coimbra
“Nem todos os moradores estão a ver com maus olhos” mais prédios na Guarda Inglesa
Na sequência da denúncia feita por alguns moradores da Rua Coelho da Rocha, em Coimbra, devido aos “acessos precários” e à crescente “pressão urbanística” no local, numa altura em que está um novo lote em construção, chegou ao Notícias de Coimbra a reação de um outro habitante no arruamento, dando conta que “nem todos os moradores estão a ver com maus olhos a existência de novos fogos na urbanização da Guarda Inglesa, o que é um sinal claro de valorização do espaço”.
O Notícias de Coimbra divulgou esta terça-feira as preocupações de alguns moradores da Rua Coelho da Rocha, que se deslocaram à reunião do executivo, na segunda-feira, para apelar à Câmara Municipal para que fiscalizasse as obras a decorrer no local e melhorasse os acessos.
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Romeu Gerardo, morador na mesma rua desde 1979 esclareceu ao NDC que “nem todos os moradores estão a ver com maus olhos a
existência de novos fogos na urbanização da Guarda Inglesa, o que é um sinal claro de valorização do espaço” e, por outro lado, “a existência desta urbanização tem proporcionado aos habitantes da Rua Coelho da Rocha mais valias, nomeadamente a existência de mais
ecopontos, melhores passeios, parque infantil, melhoria das redes de comunicação, melhoria da eletrificação da rua entre outros aspectos
que por certo um campo de tiro abandonado não teria proporcionado”.
“As queixas dos intervenientes relativamente a aspectos urbanísticos da obra até podem ser justificadas, visto que o processo data de 1996,
porém e sendo habitantes já algum tempo na Rua Coelho da Rocha omitiram um pormenor que na década de 90 levou a imensa polémica e que foi a existência de um campo de tiro onde se encontra a atual urbanização”, frisa o habitante.
Em relação ao tráfego na zona, uma das preocupações manifestadas pelos moradores que estiveram na reunião de Câmara, Romeu Gerardo salienta que “o acesso à urbanização se faz por duas vias, ou seja nos extremos da Rua José Branquinho de Carvalho e ambas estão assinaladas com o sinal de proibido circular “Excepto trânsito local” à entrada”. Além de que, refere, “a Rua Coelho da Rocha apenas possui realmente tráfego intenso quando pontualmente existe algum acidente na Avenida da Guarda Inglesa ou alguma interrupção de alguma via em Santa Clara”.
Quanto à passagem simultânea de veículos, “existe pontualmente a necessidade de efetuar manobras, porém tal como muitas outras ruas da
freguesia esse problema acontece e por isso é um problema comum”, diz.
O morador também tem uma opinião díspar em relação ao muro de betão que está a ser construído no local e que levou a vereadora Ana Bastos a ordenar uma fiscalização com urgência. “Em nada se compara com o muro que já se encontra instalado na parte jusante da Rua Coelho da Rocha”, considera, sustentando que se verificaram “recentemente queixas de moradores na comunicação social sobre a suposta dificuldade de passagem de pessoas devido ao muro em construção, porém rapidamente o problema foi resolvido pelo construtor
da obra e o passeio mantém as mesmas dimensões que anteriormente”. “Mais uma vez é curioso notar que diversos metros abaixo do local da polémica temos uma porção do passeio que esse sim dificulta o acesso a pessoas com mobilidade reduzida e nisso houve nenhuma
preocupação em mencionar”, afirma o morador no texto enviado ao NDC.
Em relação à questão das águas pluviais, “desde sempre houve esse problema e ainda por cima foi agravado com impermeabilização das diversas ruas que vão confluir à Rua Coelho da Rocha”, refere ainda.
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