Economia

Navigator diz não haver justificação para a greve marcada de 13 a 16 de novembro

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-11-2019

A The Navigator Company considera não haver justificação para a greve que os trabalhadores pretendem realizar entre os dias 13 e 16 de novembro, tendo em conta a redução de horários de trabalho e aumentos remuneratórios registados.

Num comunicado hoje emitido, a Navigator afirma ter sido informada do pré-aviso de greve na semana passada e considera que os motivos invocados não justificam a paralisação dos trabalhadores entre as 00:00 da próxima quarta-feira, dia 13 de novembro, e as 24:00 do dia 16 de novembro.

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“Conhecidos os objetivos da greve constantes do referido aviso prévio, a Navigator não encontra justificação para esta greve, tendo em conta que a empresa reduziu o horário de trabalho de 40 para 39 horas semanais em 2019 e para 38 horas semanais a partir de 2020”, refere o comunicado.

Na nota, a empresa sublinha também o facto de ter garantido a todos os colaboradores o fundo de pensões e aumentos salariais entre 1,5% e 2%.

O comunicado enuncia ainda várias das medidas tomadas nos últimos tempos em termos remuneratórios, dando como exemplo o prémio de desempenho no valor de 23 milhões de euros distribuído ao longo deste ano aos cerca de 3.200 colaboradores, assinalando que este foi o prémio de valor mais elevado de sempre na empresa.

No total, ao longo destes últimos cinco anos, foram atribuídos prémios de performance no valor de mais de 80 milhões de euros.

Nos últimos quatro anos, assinala também o comunicado, 58% dos trabalhadores tiveram progressões na carreira, sendo que no mesmo período de tempo foram contratados 62 colaboradores.

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A Fiequimetal anunciou na semana passada que os trabalhadores das empresas do grupo The Navigator Company decidiram marcar uma greve em defesa de um reenquadramento salarial e revisão do plano de carreiras.

No comunicado então divulgado, a Fiequimetal – Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas refere que a greve vai abranger todos os trabalhadores dos complexos fabris do grupo, em Aveiro, em Vila Velha de Ródão, na Figueira da Foz e em Setúbal.

“Admite-se ainda que os trabalhadores também recusem todo o tipo de trabalho suplementar em qualquer momento, seja antes, durante ou depois daqueles quatro dias de paralisação”, acrescenta.

De acordo com a Fiequimetal, a decisão de avançar para esta forma de luta foi tomada “face à intransigência da administração do grupo, durante mais de seis meses de negociação.

Já a The Navigator Company acentua que o salário médio que paga aos colaboradores supera em 2,5 vezes o salário médio nacional (que é inferior a 1.000 euros) e que atualizou o subsídio de alimentação para os 7,85 euros, bem como o valor de outros subsídios que atribui aos trabalhadores.

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