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Natália Correia: “Não dá para enriquecer, mas faço aquilo que gosto”
Natália Correia trabalha há mais de 60 anos na área da cestaria. Um trabalho que “não dá para enriquecer”, mas que lhe dá muito prazer. Os seus trabalhos estão disponíveis até dia 23 de dezembro no Mercado de Natal em pleno centro da cidade da Mealhada.
Tudo começou “por necessidade”, afirmou Natália Correia ao Notícias de Coimbra. Com 87 anos de idade, recorda que foi um dos proprietários de uma fábrica no Norte de Portugal que lhe deu o primeiro trabalho: “fui empalhar dois garrafões e, como ficou bem, decidiram contratar-me para eu fazer este tipo de trabalho”.
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Com quatro filhos “para sustentar”, apostou nesta área passando a procurar nos terrenos vizinhos da habitação a matéria-prima para fazer os seus trabalhos. Assim que recolhe o vime, transporta-o para a sua casa onde é cortado, limpo e rachado até ser passado numa máquina elétrica de cinco escalas.
Um aparelho que comprou há duas décadas mas que veio facilitar muito o trabalho desta dona de casa. “Antes, esse trabalho era feito todo à mão”, afirmou. Empalhar garrafas e garrafões e cestos de diversas dimensões em verga descascada branca ou ao natural são alguns dos produtos que tem disponíveis num dos espaços existentes no Mercado de Natal da Mealhada.
Neste momento, o trabalho em cestaria é dividido com os “afazeres de casa e do campo”, contando ainda com o apoio de uma neta que tem a responsabilidade de empalhar os garrafões de 5 litros. “Tenho um filho que, se for necessário, também me ajuda a trabalhar a vime”, afirmou.
Sempre que possível, participa em feiras a nível nacional onde trabalha ao vivo. O objetivo é dar a conhecer esta arte que, aos poucos, tem vindo a perder interessados. Como tal, e porque não gostaria que isso viesse a acontecer, mostrou-se disponível para dar formação a quem pretender continuar este trabalho.
Veja o Direto Notícias de Coimbra com Natália Correia
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