Coimbra

Nascimento descontrolado de eucaliptos debatido em Santa Comba Dão

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 09-10-2018

A problemática do nascimento descontrolado de eucaliptos a partir de sementes nos territórios afetados pelos incêndios vai estar em debate na quinta-feira, em Santa Comba Dão, durante uma jornada que visa repor a verdade e arranjar soluções.

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“Há muito a fazer, desde logo porque há um movimento negacionista, que é preciso contrariar a todo o custo, de pessoas que dizem que o eucalipto não nasce a partir de semente, o que é completamente mentira”, disse à agência Lusa João Branco, presidente da Quercus, que organiza esta jornada juntamente com o município de Santa Comba Dão.

Segundo o dirigente, o problema do nascimento descontrolado de eucalipto “é generalizado na área que ardeu em outubro” de 2017.

Neste âmbito, “o primeiro objetivo é a desmistificação e o repor da verdade para acabar com o negacionismo”, frisou.

João Branco explicou que, se é verdade que, depois dos incêndios, “os eucaliptos rebentam pela raiz e pelo tronco”, também o é que “há uma grande quantidade que germina a partir de sementes que já estão no solo ou que caem das cápsulas dos eucaliptos que entretanto se abriram” com as chamas.

“Temos dezenas de milhar de plantas a nascer por hectare e, como o eucalipto tem um crescimento muito rápido, passados dois ou três anos essas zonas estão impenetráveis e têm uma carga de combustível muito grande. Vamos de mal para pior”, lamentou, sublinhando que chega a haver “cem plantas por um metro quadrado”.

Outro dos objetivos desta jornada de trabalho sobre a regeneração dos eucaliptos em áreas queimadas é arranjar soluções técnicas e levar os técnicos a debaterem o assunto.

“Isto é uma situação que, não sendo propriamente nova, é a primeira vez que atinge esta dimensão. Portanto, cria problemas técnicos na defesa da floresta contra incêndios, no controle dos combustíveis e no ordenamento do território”, considerou João Branco.

O presidente da Quercus destacou a presença, em Santa Comba Dão, de especialistas na área, como Joaquim Sande Silva (Escola Superior Agrária de Coimbra), Hélder Viana (Escola Superior Agrária de Viseu) e Hélia Marchante (Universidade de Coimbra).

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