Não há comboio! “Caos em Lisboa”. Tranquilidade em Coimbra B.

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 12-03-2018

Quatrocentos e trinta comboios foram suprimidos entre as 00:00 e as 12:00 de hoje devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) por aumentos salariais, disse à Lusa uma fonte da CP – Comboios de Portugal.

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As televisões anunciam “o caos”. Será assim em Lisboa e Porto, mas não em Coimbra, onde pela manhã reinava a acalmia.

A estação de Coimbra B está anormalmente vazia, sinal que passageiro avisado não vai apanhar o comboio em dia de greve, quando se sabia que a maior parte das viagens ia ser cancelada.

Na plataforma poucos clientes esperavam os poucos comboios que vão circulando com atraso considerável. Um ou outro, sobretudo brasileiros,  ainda foram “ao engano”, mas já providenciavam a viagem de “ônibus”.

coimbra b

“Num dia normal teriam circulado, até entre as 00:00 e as 12:00, 584 comboios, mas devido à greve da IP realizaram-se 154”, segundo a mesma fonte.

Na Fertagus, que faz a ligação ferroviária na Ponte 25 de Abril, entre Lisboa e Almada, entre as 00:00 e as 09:39 circularam 16 dos 45 comboios habituais nos dois sentidos.

O próximo comboio na ponte só vai circular às 14:58.

Contactada pela agência Lusa, uma fonte da IP remeteu para mais tarde dados sobre a adesão à greve.

Por sua vez, o coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, estimou, cerca das 11:00, uma adesão à greve no setor ferroviário superior a 90%, referindo que no setor rodoviário deve estar próximo desse valor.

Os trabalhadores da IP estão hoje em greve para reclamar aumentos salariais de cerca de 4%, encontrando-se a circulação de comboios com “fortes perturbações e supressões”, estando salvaguardadas 25% das ligações em Lisboa e no Porto.

Os serviços mínimos definidos preveem 25% da circulação em Lisboa e no Porto, em horário normal e nos serviços Alfa, Intercidades e Internacionais, bem como no comboio da Ponte 25 de Abril (Fertagus).

José Manuel Oliveira explicou anteriormente à agência Lusa que a paralisação foi convocada porque os trabalhadores das empresas do grupo IP não têm qualquer aumento desde 2009 e consideram que não podem esperar pelo final da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Os sindicatos reivindicam um aumento imediato na ordem dos 4%, que garanta um mínimo de 40 euros a cada trabalhador.

 

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