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Não entraste na universidade e não sabes o que fazer? Vê aqui

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 01-10-2024

A divulgação dos resultados das candidaturas ao Ensino Superior deixou vários jovens estudantes desanimados por não terem conseguido a vaga desejada na universidade. Mas não é o fim do mundo e o aparente falhanço até pode abrir novas oportunidades.

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É natural que os estudantes sintam alguma frustração quando não conseguem entrar no curso pretendido. Podem surgir sentimentos de “fracasso” e “desânimo”, com “ansiedade acrescida” e o aparecimento de “crenças disfuncionais” quando o estudante “já tinha tudo idealizado no seu percurso”, sublinha a psicóloga Cláudia Simões.

“Não entrei, sou um inútil”, é porque “não valho nada”, aponta como exemplos dos pensamentos que podem tomar conta dos jovens.

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Nalguns casos, o acompanhamento psicológico pode ser a melhor opção, nomeadamente para evitar situações de depressão.

Mas também é uma boa altura para fazer uma espécie de ponto da situação, reavaliando o rumo escolhido, analisando os “vários interesses” que se podem ter, “explorando o que se gosta”, os “hobbies” e as “competências” individuais, analisa ainda Cláudia Simões.

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Isto pode ser feito através de testes psicotécnicos, ou vocacionais, que podem ser uma boa ajuda num momento em que sobram as dúvidas quanto ao futuro.

Algumas escolas realizam programas vocacionais para ajudarem os alunos do Secundário a fazerem as primeiras escolhas quanto ao futuro profissional.

Mas também existem plataformas como o Guia das Profissões que permitem realizar testes psicotécnicos e vocacionais de forma gratuita, comparando os interesses individuais com as profissões existentes no mercado, para perceber qual é a área ideal para cada caso.

Além disso, o Guia das Profissões também fornece informação sobre cada profissão, incluindo as suas funções, saídas no mercado de trabalho e onde estudar. E é possível descobrir profissões menos conhecidas como caçador de bolas de golfe ou caçador de vinhos, ou ainda como o walker talker, entre outras.

Foi precisamente nesta plataforma que António Mendes, de 19 anos, “tropeçou” na profissão de walker talker, alguém que faz companhia a idosos através de conversas online e presenciais. “Chamou-me imediatamente a atenção”, refere o estudante que, no ano passado, não conseguiu cumprir o sonho de entrar no curso de arquitetura.

António refere que ficou “bastante desanimado” por ter falhado aquele objetivo. Mas, como sempre gostou de “conversar e de ajudar os outros”, aproveitou para fazer voluntariado, ajudando “idosos a sentirem-se menos sozinhos e mais apoiados”.

Enquanto isso, aplicou-se nos estudos para tentar melhorar as notas nos exames nacionais e conseguiu, neste ano, entrar na Universidade para seguir as pisadas do pai como arquiteto.

Também Joana Gomes, de 20 anos, se sentiu “desanimada e um pouco perdida” quando não entrou em Comunicação e Marketing no Ensino Superior, pois diz que sempre pensou na universidade como “o único caminho para um futuro de sucesso”.

Mas, “depois de conversar com amigos e familiares”, percebeu que há “outras opções disponíveis”. E foi assim que, em buscas na Internet, encontrou o Guia das Profissões, uma plataforma vocacional que pretende ajudar os jovens a encontrarem a profissão ideal.

Joana fez vários testes vocacionais na plataforma e diz que a ajudaram a identificar as suas “verdadeiras paixões e competências”. “Percebi que tenho um grande interesse por tecnologia e design gráfico, algo que nunca tinha considerado antes”, nota.

A jovem estudante inscreveu-se, assim, num curso de formação profissional em design gráfico que oferece uma componente prática relevante, o que é cada vez mais valorizado no mercado de trabalho.

Assim, não entrar na universidade, permitiu a Joana “explorar novas possibilidades” e descobrir outro rumo. “Sinto-me mais confiante e motivada”, confessa.

A psicóloga Cláudia Simões destaca, precisamente, a importância de encarar a não entrada no Ensino Superior como “uma nova oportunidade” para considerar outras perspetivas.

Fazer uma pausa, o chamado “Gap Year”, pode ajudar a abrir horizontes e é nisso que Bernardo Fonseca, de 18 anos, vai apostar depois de ter falhado o ingresso em Engenharia Aeroespacial no concurso nacional de acesso ao Ensino Superior deste ano.

Inicialmente, Bernardo ficou “sem saber o que fazer”. Mas depois de falar com os pais, decidiu que tirar um “gap year” para “viajar e conhecer outras culturas” pode dar-lhe “uma perspetiva nova sobre a vida”.

Há também quem procure um emprego em part-time para ganhar experiência de trabalho e juntar algum dinheiro – e, quem sabe, até pode ajudar a encontrar uma nova vocação.

Outra boa alternativa passa por fazer formações para desenvolver competências específicas, ou para obter a certificação em áreas importantes para a atividade profissional que se quer exercer no futuro.

O importante é mesmo não ficar parado, a remoer o insucesso de não entrar para a universidade. Até porque, como diz o ditado popular, “quando uma porta se fecha, abre-se uma janela”.

O Guia das Profissões é uma plataforma vocacional que pretende ajudar estudantes, trabalhadores e desempregados a encontrarem a sua profissão ideal, para poderem concretizar o futuro com que sempre sonharam.

No site, é possível encontrar várias ferramentas que ajudam a tomar decisões informadas sobre profissões, o mercado de trabalho e as competências profissionais mais importantes.

Além de testes vocacionais, disponibiliza dicas para preparar exames ou como encontrar motivação, curiosidades sobre cursos e ferramentas de como procurar emprego.

Também promove vários e-books sobre temas como “Melhores sites de emprego gratuitos” ou “Como ajudar o meu filho a planear uma carreira”, entre outros temas.

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