Saúde

“Não deixe que se desenrole” o cancro do intestino 

Notícias de Coimbra | 2 meses atrás em 29-09-2024

As Farmácias Holon e a Europacolon Portugal promovem uma nova campanha de sensibilização com o mote “Não deixe que se desenrole”, que disponibiliza rastreios de pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) em 61 farmácias por todo o país, durante os meses de setembro e outubro. O rastreio é gratuito e destinado a pessoas a partir dos 50 anos de idade.

O Cancro Colorretal é um dos tumores malignos com maior incidência e mortalidade em Portugal, todos os anos surgem mais de 10.000 mil novos casos e todos os dias morrem, em média, 11 pessoas com esta doença. As fases iniciais do cancro do intestino não causam dor e a progressão da doença é silenciosa, mas quando detectado em fases iniciais, tem uma probabilidade de cura na ordem dos 90%.

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Para tentar contrariar estas estatísticas as Farmácias Holon e a Europacolon Portugal com o apoio dos Laboratórios Germano de Sousa promovem a campanha “Não deixe que se desenrole”, cujo objetivo é sensibilizar a população para o rastreio antecipado do Cancro do Colorretal, através da Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF), no âmbito do Dia Nacional do Cancro Digestivo, que se assinala a 30 setembro.

“Através do diagnóstico precoce e da adoção de uma atitude ativa por parte da população no seu processo de saúde, potenciando o aumento dos seus conhecimentos nesta área e mudando os seus hábitos comportamentais é possível mudar esta realidade”, alerta o presidente da Europacolon Portugal, Vítor Neves.

“Esta campanha de sensibilização consiste em dar a conhecer, à população em geral, esta patologia, os seus sintomas e a importância de estar atento aos mesmos. Para além disto, dar também a conhecer a importância de realizar o rastreio, que é feito através da pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF).

Em contexto de farmácia, fornecemos ao utente todo o material necessário para fazer a recolha da amostra, que será entregue nesta mesma farmácia e enviado para o laboratório. Posteriormente, recebemos os resultados, que serão entregues ao utente. Em caso positivo, o utente será encaminhado para o médico de forma a realizar exames complementares de diagnóstico, nomeadamente uma colonoscopia”, explica Helga Rodrigues, Farmacêutica das Farmácias Holon.

Vítor Neves considera que “este rastreio traz significativos ganhos em saúde para a população e pode evitar a doença em estadios mais avançados ou tornar a intervenção terapêutica mais eficaz. Isto porque, as pequenas quantidades de sangue nas fezes que são identificadas neste tipo de rastreio podem ser consequência da presença de um tumor ou de pólipos no intestino e quando tratados precocemente, num estadio muito inicial, não permitem o desenvolvimento e evolução da doença”.

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O rastreio é totalmente gratuito, no entanto, não é indicado para todas as pessoas. Os critérios de inclusão são: Idade compreendida entre os 50 e 74 anos; Não realizou PSOF no último ano ou colonoscopia nos últimos 5 anos; Sem sintomas relevantes; Sem ligações hereditárias de primeiro grau a doentes de cancro colorretal; Sem história pessoal anterior de cancro; Sem diagnóstico prévio de pólipos colorretais ou doenças inflamatórias do intestino (doença de Crohn ou colite ulcerosa).

“O papel do farmacêutico é importante na prevenção do cancro colorretal uma vez que pode e deve dar a conhecer aos seus utentes os sinais e sintomas desta doença, assim como encaminhá-los para o médico, caso estes sintomas surjam. Para além disto, a promoção de rastreios nas farmácias comunitárias configura-se uma mais-valia, uma vez que são espaços de saúde idealmente posicionados e próximos da população para proporcionar um maior acesso à população”, conclui Helga Rodrigues.

“É com grande sentido de responsabilidade que, enquanto Laboratório de Patologia Clínica voltamos a juntar-nos a esta causa. Os Programas de Rastreio do Cancro Colorretal são reconhecidamente uma necessidade pela sua contribuição para a diminuição da morbilidade, redução da incidência e da mortalidade específica associadas a esta doença”, explica José Germano de Sousa.

De acordo com o Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direção Geral de Saúde, o rastreio do cancro colorretal tem permitido diminuir a mortalidade em aproximadamente 16%, portanto constitui uma necessidade a nível nacional e europeu, no combate à morbilidade e mortalidade associada a estas neoplasias.

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