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Museu Machado de Castro em Coimbra cria espaço para mostrar peças em reserva

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 semana atrás em 09-04-2025

O Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), em Coimbra, inaugura na quinta-feira o “Obras em Foco”, um espaço para dar visibilidade a peças em reserva e desconhecidas do público, disse hoje a diretora da instituição.

Com mais de 15 mil peças no seu espólio, são muito mais as obras do Museu Nacional Machado de Castro em reserva do que aquelas que estão expostas (cerca de 4% do total), afirmou à agência Lusa a diretora da instituição, Sandra Saldanha, sublinhando que o novo espaço pretende agora tornar visíveis algumas dessas obras desconhecidas do público.

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O “Obras em Foco”, situado junto à bilheteira do MNMC, foi preparado nas últimas semanas para ser exposta mensalmente uma obra das reservas do museu, indicou.

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A primeira obra a ser revelada na quinta-feira é uma escultura em calcário do século XV, associada à oficina de João Afonso, escultor muito associado ao Mosteiro da Batalha que viria a estabelecer-se em Coimbra, adiantou Sandra Saldanha.

Esta peça será apresentada na quinta-feira, às 17:30, pela ex-secretária de Estado da Cultura e antiga diretora do MNMC Maria de Lurdes Craveiro

“É uma obra de grande qualidade, em excelente estado de conservação e que não era conhecida, nem tinha datação nem autoria atribuída”, notou Sandra Saldanha.

Neste novo espaço, o Museu pretende percorrer todas as coleções e épocas, indo à pintura, ourivesaria, têxteis ou mobiliário, com “obras inusitadas” e abarcando coleções e cronologias normalmente não associadas ao MNMC, afirmou.

Cada peça a ser exposta será alvo de uma investigação e estudo prévios “para dar conta da excecionalidade das coleções”, indicou.

Esta é também “uma forma de investigar o próprio espólio”, constatou a diretora do museu, referindo que há peças em reserva que não têm visibilidade apenas porque ainda não foram “objeto de investimento de investigação”.

“O facto de as estudarmos e de as conhecermos melhor vai permitir valorizar as peças. Esta que agora é apresentada é uma obra excecional e que poderia estar perfeitamente numa exposição permanente”, salientou, considerando que, com esse estudo, algumas peças em reserva poderão posteriormente integrar exposições permanentes do museu.

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