Na sequência da decisão hoje anunciada pelo Governo relativamente à não execução do Aproveitamento Hidroelétrico de Girabolhos, cujo contrato de concessão foi assinado entre o Estado Português e a “HidroMondego – Hidroelétrica do Mondego Lda.”, de que é proprietária o Grupo Espanhol Endesa, e que visava a construção da Barragem de Girabolhos e da Bogueira no Rio Mondego, os Presidentes das Câmaras Municipais de Gouveia, Mangualde, Nelas e Seia contestam o que foi combinado nas suas costas.
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As 4 autarquias lamentam “esta decisão do Governo Português e do Grupo Endesa, sobre a qual os municípios expressaram a sua oposição, em reunião mantida hoje (18 de Abril) com os promotores e o Sr. Ministro e Secretário de Estado do Ambiente”.
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Estranham que ao longo do processo de reavaliação do Plano Nacional de Barragens, não tenha sido dada qualquer explicação aos municípios.
Pretendem que seja garantido às populações que, no que respeita às expropriações por utilidade pública já efetuadas, bem como pelos trabalhos preparatórios de construção da Barragem em curso, não haverá qualquer prejuízo nem para os proprietários em causa, nem para as comunidades que não deixarão, com qualidade, de utilizar os acessos já concretizados.
Os municípios exigem ao Governo e ao Grupo Endesa um conjunto de medidas de compensação para as comunidades atingidas com esta decisão, uma vez que durante décadas foram criadas altas expectativas sobre o projeto e constrangimentos inerentes a uma obra desta natureza e dimensão.
Nesse sentido, os Presidentes das Câmaras Municipais Gouveia, Mangualde, Nelas e Seia efectuaram contactos com os responsáveis governamentais do Ministério do Ambiente e da empresa Endesa, no sentido de, a muito curto prazo, verem concretizados nos seus territórios, junto das suas comunidades, as referidas medidas de compensação e de minimização dos impactos económicos e sociais negativos desta decisão que acaba de ser anunciada.
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