Coimbra
Movimento pede mais esclarecimentos à UE sobre apoios a lesados nos incêndios de 2017
O Movimento Associativo Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM) pediu hoje à União Europeia (UE) mais informações sobre a aplicação dos fundos comunitários concedidos a Portugal para os lesados dos incêndios de 2017.
As explicações da Direção-Geral de Política Regional e Urbana da UE dadas ao movimento, na sequência de um pedido de “esclarecimento da aplicação dos fundos europeus” concedidos pela Comunidade Europeia para apoiar as vítimas dos incêndios de 2017 (em junho e outubro) em Portugal, “não são suficientes”, disse hoje, à agência Lusa, o porta-voz do MAAVIM, Nuno Tavares Pereira.
O movimento de Midões (concelho de Tábua, distrito de Coimbra) enviou hoje um “comunicado para a União Europeia” a pedir mais dados sobre a aplicação” daqueles apoios, pois continua a defender que “os fundos comunitários enviados para apoio à população afetada pelos incêndios de 2017” não foram canalizados para os lesados desses fogos, afirma o MAAVIM, numa nota remetida hoje à agência Lusa.
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Em 06 de maio, o movimento pediu “esclarecimentos” à Comissão da Agricultura e Mar, “que tem a temática dos incêndios” na Assembleia da Republica portuguesa, com “conhecimento a todos os partidos com assento parlamentar e à Presidência da Republica”, mas verificou, pelos documentos que lhe foram facultados, que dos “50,60 milhões de euros do FSUE [Fundo de Solidariedade da UE] foi aplicado cerca de metade do valor nas regiões afetadas pelos incêndios de 2017”.
Simultaneamente, “verificou-se que dos 201,076 milhões de euros atribuídos ao Ministério da Agricultura, para apoio à agricultura e floresta, principalmente para o restabelecimento do potencial agrícola e florestal, nem metade foi aplicado para as populações afetadas pelos incêndios”, sustenta o MAAVIM.
Já relativamente aos “restantes fundos, via FEADER [Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural], não estão aplicados/pagos às populações lesadas nas zonas afetadas pelos incêndios”, num montante superior a 50 milhões de euros, garante.
“A acrescentar a estes valores comunitários, existem outros que foram anunciados pelo Governo português, para apoio às populações e que nunca chegaram”, afirma ainda o movimento.
O MAAVIM conclui assim que “a maior parte do dinheiro alocado pela União Europeia, para ajuda à população afetada pelos incêndios de 2017, nunca chegou às verdadeiras vítimas”.
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