Cidade

Mostra bibliográfica de José Régio patente na Biblioteca Municipal de Coimbra

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 31-05-2020

Coimbra vai evocar os 50 anos da morte de José Régio, acrescentando várias iniciativas ao programa nacional de evocação do escritor que decorre até dezembro de 2020.

O programa concelhio inclui conferências, concertos, exposições, visitas guiadas, jantares temáticos e outros eventos. A partir de 1 de junho e até 28 de agosto, a Câmara Municipal (CM) de Coimbra tem patente “José Régio. Menino Só na Estrada Grande”, uma mostra bibliográfica que pode ser visitada de segunda a sábado, na Biblioteca Municipal.

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É a primeira de uma série de iniciativas que a CM Coimbra vai organizar até ao final do ano, no âmbito da evocação do cinquentenário da morte do escritor José Régio. Na perspetiva de dar continuidade aos eventos que já decorreram, ou estão em curso, de norte a sul, resultado de uma parceria entre as Direções Regionais de Cultura do Norte, do Centro e do Alentejo, os Municípios de Coimbra, Portalegre e de Vila do Conde, o Instituto Politécnico de Portalegre, o Centro de Estudos Regianos e a Universidade de Coimbra, a efeméride, de âmbito nacional, continua, assim, a percorrer as “terras de afeição” do escritor, natural de Vila do Conde, que estudou em Coimbra e lecionou em Portalegre. 

 

A passagem de José Régio por Coimbra foi, assim, o mote para a cidade acrescentar várias iniciativas ao programa evocativo. Afinal, foi em Coimbra que José Régio se licenciou em Filologia Românica e onde teve também um papel preponderante, enquanto fundador da Revista Presença (fundada em Coimbra, em 1927), para o despoletar do primeiro movimento modernista do Canto e da Guitarra de Coimbra. Foi o poeta que divulgou essa nova orientação do Fado de Coimbra, criada por Edmundo de Bettencourt e Carlos Paredes, e a incluiu também na sua poesia, como é o caso da “Balada de Coimbra”.

 

Esta mostra bibliográfica intitulada “José Régio. Menino Só na Estrada Grande” congrega o espólio documental existente no acervo da Biblioteca Municipal, cumprindo o propósito de evocar a memória e ampliar o reconhecimento público desta figura ímpar da cultura portuguesa. Esta mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 19h30, e ao sábado, das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00 (até ao dia 14 de julho). A partir do dia 15 de julho estará patente de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30, sendo que a Biblioteca Municipal passa a praticar o horário de verão encerrando ao sábado.

 

Patente de 1 de junho a 28 de agosto, partindo do mote do representativo fragmento do poema “Cântico Negro” (in “Poemas de Deus e do Diabo”, Coimbra, 1925) – Não sei por onde vou, não sei para onde vou, Sei que não vou por aí – o visitante deparar-se-á com obras do escritor e outros documentos, designadamente, edições da revista “Presença”, importante veículo de divulgação e difusão das artes no Portugal do século XX, na qual José Régio plasmou o seu contributo literário, assim como um conjunto de extratos manuscritos e algumas passagens autógrafas do “Diário Íntimo”.

 

A mostra integra, ainda, registos fotográficos que mostram o escritor da década de 20 à década de 60 ou encaminham o visitante à descoberta do percurso mais intimista de José Régio apresentando-o, por exemplo, no seu gabinete de trabalho, em Portalegre (onde lecionou durante mais de três décadas).

 

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