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Morte de Sinouar é “oportunidade” para acabar guerra em Gaza

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 hora atrás em 17-10-2024

A morte do líder do Hamas, Yahya Sinouar, criou “a oportunidade” de acabar com a guerra em Gaza, defendeu a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, enquanto o chefe de Estado, Joe Biden, apelou à libertação dos reféns.

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“Este momento dá-nos uma oportunidade de finalmente acabar com a guerra em Gaza, e ela deve acabar de tal forma que Israel esteja seguro, os reféns sejam libertados, o sofrimento em Gaza acabe e o povo palestiniano possa alcançar o seu direito à dignidade, segurança, liberdade e autodeterminação”, reagiu Kamala Harris, também candidata democrata às presidenciais norte-americanas de novembro, num evento de campanha na Universidade de Wisconsin-Milwaukee.

Ainda de acordo com a candidata democrata à Casa Branca, a justiça foi feita e os “Estados Unidos, Israel e o resto do mundo são agora um lugar melhor” sem Sinouar.

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De acordo com Kamala Harris, o pessoal de informações e de operações especiais dos Estados Unidos trabalhou em estreita colaboração com os seus homólogos israelitas para localizar o líder do grupo islamita palestiniano.

Já Joe Biden afirmou que a morte do líder do Hamas por tropas israelitas representa um “bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo”, e avaliou o momento como uma “oportunidade” para libertar os reféns detidos pelo Hamas e acabar com a guerra na Faixa de Gaza, iniciada há um ano.

“Como líder do grupo terrorista Hamas, Sinouar foi responsável pelas mortes de milhares de israelitas, palestinianos, americanos e cidadãos de mais de 30 países”, indicou o líder norte-americano em comunicado.

A morte do líder do Hamas “prova mais uma vez que nenhum terrorista em lugar nenhum do mundo pode escapar da justiça, não importa quanto tempo leve”, acrescentou.

De acordo com Joe Biden, agora “há a oportunidade para um ‘dia seguinte’ em Gaza sem o Hamas no poder, e para um acordo político que traga um futuro melhor para israelitas e palestinianos”.

Yahya Sinouar “era um obstáculo intransponível para atingir todos esses objetivos” e que “já não existe”, observou Biden, frisando que “ainda há muito trabalho pela frente”.

Também o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reagiu à morte de Sinouar, que classificou como um “terrorista cruel e impenitente, responsável pelo maior massacre de judeus desde o Holocausto”.

Blinken, que tem tentado mediar os esforços para um cessar-fogo em Gaza, indicou que, em várias ocasiões nos últimos meses, Sinouar rejeitou os esforços para terminar a guerra através de um acordo que devolveria os reféns às suas famílias e aliviaria o sofrimento do povo da Palestina.

“Nos próximos dias, os Estados Unidos redobrarão os seus esforços com parceiros para encerrar este conflito, garantir a libertação de todos os reféns e traçar um novo caminho que permitirá ao povo de Gaza reconstruir as suas vidas e realizar as suas aspirações livres da guerra e livres do domínio brutal do Hamas”, assegurou.

Após a confirmação israelita da morte de Sinouar, o Pentágono garantiu que os Estados Unidos não estiveram “diretamente envolvidos” na operação.

“Esta foi uma operação israelita. As forças americanas não estavam diretamente envolvidas”, disse o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, em conferência de imprensa.

O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, saudou a morte do líder do Hamas como uma “fonte de esperança”.

“A sua morte é uma fonte de esperança para todos os que procuram viver em liberdade e de alívio para os israelitas que ele procurava oprimir”, declarou em comunicado o republicano Johnson.

Israel confirmou hoje que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 07 de outubro de 2023, Yahya Sinouar, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

A confirmação oficial surgiu após informações anteriores terem dado conta da elevada probabilidade de um dos mortos resultantes de uma operação de rotina do Exército israelita, na quarta-feira na Faixa de Gaza, ser Yahya Sinouar.

O alto dirigente do Hamas tinha ascendido à liderança do grupo palestiniano após a morte de Ismail Haniyeh, num ataque israelita em Teerão no final de julho.

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