Conheci Miguel Macedo, há mais de 40 anos, quando ambos éramos alunos da Universidade de Coimbra.
Aprofundámos a estima e a consideração, que eram recíprocas, já eu tinha vestes jornalísticas, aquando do envolvimento dele no movimento associativo estudantil.
Miguel Bento, afecto à JSD, foi presidente da Mesa da Assembleia Magna da Associação Académica de Coimbra, quando era estudante de Direito, e disputou a liderança da Direcção-Geral da AAC, em 1983, tendo como opositor Luís Parreirão (por ocasião do começo de um ciclo de cinco vitórias do Projecto C).
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O Miguel foi sempre um ser estimável – era um homem íntegro, coerente, corajoso, sagaz e competente.
Outrora deputado à Assembleia da República, onde chegou a liderar a bancada do PSD, também foi ministro da Administração Interna no primeiro Governo de Pedro Passos Coelho.
Foi acusado, pelo Ministério Público, de cometimento de crimes de prevaricação e tráfico de influência (caso dos vistos ‘Gold’), tendo renunciado ao cargo de ministro em 2014, e veio a ser absolvido.
O carácter de Miguel Macedo era exemplar. A sua morte, aos 65 anos de idade, é uma perda irreparável.
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