Economia
Montepio aliena 356,8 milhões em créditos ao consumo através de titularização
O Banco Montepio informou hoje que efetuou uma operação de titularização de crédito ao consumo no valor de 356,8 milhões de euros, que envolveu cerca de 40.000 contratos, para reduzir volume de ativos ponderados pelo risco.
De acordo com uma nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Caixa Económica Montepio Geral e a sua participada Montepio Crédito, celebraram “um contrato de cedência de créditos ao consumo originados por ambas as instituições, à Ares Lusitani – STC [sociedade de titularização de créditos], SA, no âmbito de uma operação de titularização de créditos (Pelican Finance No. 2)”, com o montante bruto alienado de 356,8 milhões de euros.
A operação, concretizada na segunda-feira e que envolveu cerca de 40.000 contratos, “permite reduzir o volume de ativos ponderados pelo risco em cerca de 265 milhões de euros e materializa a estratégia do Banco Montepio da contínua redução da ponderação do risco nos ativos, com vista ao reforço dos rácios de capital conforme previsto no Plano de Financiamento e Capital”, referiu a instituição bancária.
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De acordo com o Montepio, a titularização foi colocada junto de investidores institucionais internacionais, em cinco tranches com um ‘spread’ (lucro do banco quando concede um empréstimo) implícito médio de 112 pontos base sobre a Euribor (taxa de juros média dos empréstimos interbancários sem garantia da zona euro) a um mês.
Na comunicação ao mercado, a entidade bancária referiu que a operação teve uma procura 1,8 vezes superior à oferta e que “para o sucesso desta transação contribuíram o interesse da comunidade de investidores pelo binómio risco/rendimento das classes de obrigações titularizadas, tendo sido também determinante a participação dos membros do sindicato de colocação da emissão, a StormHarbour Securities LLP e o Crédit Agricole Corporate & Investment Bank”.
A titularização é uma operação de emissão de obrigações cujo cupão está garantido por um conjunto de ativos subjacentes, que habitualmente são empréstimos.
Numa titularização, o conjunto de ativos (neste caso, crédito ao consumo) é transferido do seu detentor original para um veículo de titularização de crédito (neste caso, a Ares Lusitani), que emite valores mobiliários, normalmente obrigações, que coloca junto de investidores para financiar a aquisição daqueles ativos, transformando, assim, um conjunto de ativos não transacionáveis em ativos transacionáveis.
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