Economia

Montenegro mantém meta de crescimento da economia de 2,5% em 2025

Notícias de Coimbra com Lusa | 7 meses atrás em 15-05-2024

O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo mantém as metas de crescimento da economia de 2,5% em 2025 e de cerca de 3,5% até 2028, depois de o líder da IL ter perguntado se as terá de rever.

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No debate quinzenal com Luís Montenegro, no parlamento, o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, afirmou que, no cenário macroeconómico que a Aliança Democrática (AD) apresentou nas eleições, previa um crescimento de 2,5% em 2025, mas as últimas projeções publicadas, incluindo da Comissão Europeia, estimam que esse crescimento ficará entre os 1,9% e os 2%.

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“Neste momento, com as medidas que tenciona tomar, com o que conhece e com a informação que tem, mantém o objetivo de cenário macroeconómico de crescimento de 2,5%, ou vai ser obrigado a rever esse valor?”, perguntou Rui Rocha.

Na resposta, Luís Montenegro indicou que essas projeções foram “feitas na base de um cenário de políticas invariantes”.

“Nós mantemos o nosso objetivo de percurso ao nível do crescimento da economia que nos levará, para o final da legislatura, para um desempenho próximo dos 3,5% em termos de taxa de crescimento, e em 2025, dos 2,5%”, disse.

Depois, o líder da IL questionou o chefe do executivo sobre a TAP, salientando que, nos últimos dois trimestres, apresentou prejuízos, e perguntando quais são os planos que o Governo tem para a companhia aérea, “quando é que privatização avança e em que termos”.

“Sobre a TAP, ainda não temos calendário, começámos pela questão do aeroporto, como percebeu, oportunamente falaremos sobre isso”, respondeu Luís Montenegro.

Sobre o IRS, o líder da IL perguntou “o que é que o país tem” contra os cidadãos com mais de 35 anos, considerando que o Governo pretende criar “um imposto sobre a idade”, numa referência à medida fiscal anunciada pelo executivo que prevê uma maior redução de IRS e a isenção de IMI e de imposto de selo na compra da primeira casa para quem tem menos de 35 anos.

Na resposta, o líder do PSD disse que o Governo assume que pretende dar “um benefício maior” a uma franja etária, visando assegurar que os jovens entre os 20 e os 30 anos não emigram, considerando que Portugal “precisa de um sobressalto para conseguir reter esse talento”.

“Isto significa que nós abandonamos a franja dos 35 aos 45, ou dos 45 aos 55? Não, não significa isso: significa que em política é preciso fazer opções e é preciso assumir as opções. E eu assumo as minhas”, disse.

Ainda sobre o IRS, o líder da IL lamentou que, no debate quinzenal, se tenham “colocado anátemas em quem ganha um pouco mais”, como se “tivesse feito alguma coisa que justifique que seja apontado ao dedo”, e voltou a considerar que a proposta de alívio fiscal apresentada pelo executivo só garante uma redução até 10 euros para quem ganha até 1.500 euros brutos.

“O que queria que o senhor primeiro-ministro comentasse é como é que transformamos este país (…) para que esse alívio fiscal, que é muito diminuto, possa no futuro trazer notícias diferentes?”, perguntou.

Montenegro respondeu que, na análise da política económica, a AD e a IL estão “muito próximas”, salientando que o Governo apresentou um “modelo de intervenção fiscal” que garante uma “baixa generalizada” do IRS, com “grande impacto” do 2.º ao 6.º escalão.

Em paralelo, o primeiro-ministro disse que o executivo vai também implementar “um regime fiscal ainda mais benéfico” para os jovens até aos 35 anos, além de prever ainda a “isenção de tributação e contribuições dos prémios de produtividade e desempenho até ao limite de um vencimento mensal”.

“Nós estamos objetivamente a valorizar o trabalho, a emitir à nossa sociedade e economia um sinal de que vale a pena trabalhar e ter resultado com isso”, disse.

Rui Rocha considerou ainda que há uma “enorme injustiça” a ser feita para os trabalhadores a recibos verdes, considerando que são alvo de uma “retenção exagerada de IRS”, com Montenegro a defender que o problema não é essa retenção, mas os pagamentos por conta.

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