Até ao final da manhã de sexta-feira, a autarquia montemorense vai continuar a recorrer a autotanques para repor a água nos reservatórios, de modo a manter o abastecimento de água aos munícipes.
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A principal captação de Fonterma, preparada para tirar 20 metros cúbicos de água por hora, mas a tirar na ordem dos 60 ao longo dos últimos anos, colapsou, tendo provocado a diminuição do caudal, bem como vários problemas e falhas no abastecimento de água.
“Na terça-feira, ao longo do dia e da noite, tivemos a colaboração dos bombeiros de Montemor-o-Velho, Mira, Cantanhede, Penela, Figueira da Foz e Soure e, neste momento, estamos a ser apoiados por três autotanques da corporação montemorense e um autotanque da Lacticoop”, esclarece o presidente da Câmara, Emílio Torrão. “Estamos, por todos os meios, a trabalhar na resolução do problema e a avaliar em permanência os níveis de água de forma a verificar se há necessidade do reforço de meios”, diz. No local, ininterruptamente, estiveram 17 camiões a proceder ao abastecimento.
O edil deixa um apelo à contenção nos consumos, esclarece que “nos pontos mais altos na sede do concelho é possível que se verifiquem, ao longo do dia, algumas falhas pontuais” e informa: “Como medida adicional, as Piscinas Municipais vão estar encerradas”.
Recorde-se que, em resposta às falhas frequentes no abastecimento de água, provocadas por vários anos sem qualquer manutenção do sistema, este Executivo, em ano e meio de mandato, construiu uma captação de água e já abriu procedimento para a construção de mais três, até ao final do ano, com um custo médio de 50 mil euros cada.
Para o Presidente da autarquia, estes 200 mil euros “deviam ter sido investidos numa fase de prevenção e não de colapso. É lamentável o total abandono a que o sistema de água foi votado durante tantos anos. A falta de água no verão é um problema com vários anos e cuja resolução está no topo das nossas prioridades”.
O autarca avança com as soluções: “Estamos a concertar todos os esforços, com os meios próprios, com especialistas e com todos quantos podem ajudar na solução deste problema antigo. Em cima da mesa estão várias contingências, como a reestruturação de todo o sistema e a construção de alternativas que deem resposta a equipamentos de grande consumo, como é o caso da piscina municipal, que consome 70 mil litros de água por dia. Para este caso concreto criaremos um sistema autónomo que não necessite de recurso ao sistema de abastecimento à população”.
Durante os próximos dias, apela-se à população que reduza o consumo, para que não esgotem também os restantes furos.
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