Justiça

“Monstro” de Aguiar da Beira está de castigo na prisão de Coimbra

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 16-12-2024

Pedro Dias, o triplo homicida de Aguiar da Beira, foi colocado numa cela disciplinar há quatro meses depois de ter sido encontrado com um telemóvel no estabelecimento prisional.

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Quem deu conta da informação foi o Correio da Manhã.

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Recorde-se que o criminoso ficou conhecido, em 2016, quando elaborou uma fuga mediática à polícia que durou 28 dias.

Foi acusado de dois crimes de homicídio qualificado, três de homicídio qualificado na forma tentada, três de sequestro e um de roubo.

Foi o homem mais procurado de Portugal. Matou três pessoas, deixou um GNR com uma bala na cabeça e sequestrou uma mulher que teve um AVC um mês depois.

Tudo começa a 11 de outubro. Dois militares são enviados para uma operação em Aguiar da Beira e são surpreendidos no local por Pedro Dias. Um deles, é morto com um tiro na cabeça. O outro fica ferido e é obrigado a conduzir o carro-patrulha com o corpo do colega no porta-bagagens. Percorridos vários quilómetros, Pedro Dias amarra o militar ferido a uma árvore.

Mais tarde, na mesma estrada, ataca um casal para lhes roubar o carro. O homicida dispara à queima roupa. O homem tem morte imediata e a mulher fica em estado crítico, acabando por morrer.

Está montada uma caça ao homem. Até que é visto em Arouca, mas escapa às autoridades. Volta a cometer mais crimes. Sequestra uma mulher e um homem numa casa desabitada. Ao volante de uma carrinha, escapa às barreiras policiais. A GNR persegue-o e fica muito próxima de o apanhar, mas perde-lhe o rasto.

A PJ encontra o carro roubado. No interior da viatura está um par de calças com vestígios de sangue, o que pode significar que o homicida está ferido.

O cerco chega ao fim na noite quando o homicida se entrega às autoridades, em Arouca. Os advogados combinam a entrega.

Após quase um mês em fuga, o homem entregou-se às autoridades, mas nega ter cometido os crimes de Aguiar da Beira. O suspeito disse à RTP que se entregou porque teve medo de ser abatido: “Fui perseguido como um animal”.

Durante a fuga, a PJ encontrou várias cartas que Pedro Dias terá escrito à família, nas quais assume a autoria dos crimes e pede desculpa aos pais, à filha e à companheira. “Podia ter-me entregue mais cedo, mas sabes deu-me um certo gozo que não soubessem do meu paradeiro e eu aqui tão perto”, pode ler-se no CM.

“Devia ter procurado ajuda e uma vez mais não o fiz, agora é tarde demais. Naquela noite, que ainda é uma confusão para mim, eu encontrava-me a dormir estourado, como vinha a acontecer há algum tempo, quando fui interpelado pela GNR”, como consta na notícia.

Está detido na cadeia de Coimbra desde 2019.

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