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Mísia “Ausência”

Notícias de Coimbra | 4 meses atrás em 27-07-2024

A ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, considerou hoje que Mísia “foi uma voz fundamental na renovação do fado”, numa nota de pesar pela morte da fadista.

“Com uma vasta carreira, Mísia foi uma voz fundamental na renovação do fado, sem receio de experimentar novas sonoridades e abordagens menos convencionais” afirmou, referindo que “granjeou o reconhecimento dos seus pares”.

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“Deixa-nos uma vasta lista de colaborações com músicos de todo o mundo, que demonstra a sua versatilidade e o seu talento”, refere ainda a titular da Cultura que apresenta “aos seus familiares, amigos e admiradores”, “as mais sentidas condolências”.

Mísia morreu hoje num hospital de Lisboa, aos 69 anos.

A criadora de “Adeus ao Vento” (Vitorino Salomé/Fado Perseguição, de Carlos da Maia) iniciou a carreia nos começos da década de 1990, e levou-a a interpretar outros géneros, nomeadamente a canção napolitana, mas também alguns “standards” do jazz, como “Summertime”, e repertório das canções espanhola e francesa.

O álbum “Drama Box”, editado em 2005, contou com a participação de Fanny Ardant, Miranda Richardson, Ute Lemper, Carmen Maura, Maria de Medeiros e Sophia Calle.

O álbum “Pura Vida – Banda Sonora” valeu-lhe, em 2019, o Phonographic Critics Award, prémio da crítica discográfica alemã.

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“Pura Vida – Banda Sonora” é uma coprodução da promotora Liberdades Poéticas com o Museu do Fado, e que a fadista apresentou no primeiro semestre de 2020 em 15 palcos internacionais, tendo aberto a digressão, no no Le Cigale, em Paris, e passando, entre outras cidades, por Casablanca, Viena, Buenos Aires e São Paulo, entre outras.

“Pura Vida – Banda Sonora” inclui, entre os autores, anteriormente gravados por Mísia, como Vasco Graça Moura, Miguel Torga e Jorge Muchagato.

A fadista fez parte do elenco do filme “Passione” (2010), de John Tuturro.

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