Região
Mira destina para investimento 10 dos 29,2 milhões do orçamento de 2025
A Câmara de Mira, no litoral do distrito de Coimbra, aprovou hoje o Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2025, no montante de 29,2 milhões de euros, mais 1,75 milhões de euros relativamente a 2024.
O documento, que prevê 10 milhões de euros para investimento, o maior valor de sempre do município, foi aprovado hoje de manhã com os votos favoráveis da maioria PSD e votos contra da oposição socialista.
O presidente da autarquia, Artur Fresco, avançou que os maiores investimentos de 2025 vão ser concentrados na construção de novos fogos, remodelação de escolas e instalações de saúde.
O montante global do orçamento, segundo o autarca, prende-se com o aumento de 2,3 milhões de euros da receita de capital, proveniente das comparticipações de projetos cofinanciados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e programa Portugal 2030.
“Este é um exercício em que temos necessidade de garantir as condições necessárias para acolher na plenitude os projetos já aprovados, os que aguardam aprovação e os que ainda serão submetidos”, salientou.
Para Artur Fresco, a maior dificuldade de Mira e de outros municípios do país são os prazos curtos para a concretização dos projetos aprovados pelo PRR, que tem como data-limite junho de 2026 “sem que, para já, se vislumbre que venha a ter prorrogações”.
Na apresentação do orçamento, o presidente da autarquia de Mira referiu que a despesa corrente vai aumentar 556 mil euros (3%), dos quais 400 mil euros se destinam a encargos com aumento do pessoal.
Segundo Artur Fresco, o aumento da despesa com pessoal está relacionado com o processo de descentralização de competências nos domínios da educação, saúde e ação social, que “não foram acompanhadas pelo devido envelope financeiro atribuído aos municípios”.
Em declarações à agência Lusa, o vereador socialista Licínio Palhavã considerou que o orçamento municipal se traduz “num grande desinvestimento público na satisfação das necessidades básicas das populações, nomeadamente na rede viária, qualidade da água de abastecimento público, saneamento, manutenção de espaços públicos e falta de infraestruturas sociais na Praia de Mira.
O eleito do PS mostrou-se preocupado com “os sucessivos empréstimos que, no essencial, têm como finalidade satisfazer necessidades de tesouraria para despesas correntes, não se destinando a qualquer obra ou infraestrutura de vulto para o concelho”.
“Isto reflete a política de gestão do executivo com a qual não concordamos e que hipoteca, na nossa ótica, o futuro do concelho e das gerações vindouras”, sublinhou o vereador, criticando a governação social-democrata por não avançar com obras estruturantes.
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