Coimbra
Ministro visita Coimbra no roteiro Cultura para a Inclusão
A “cultura para a inclusão” é o tema do percurso que o ministro da Cultura, Pedro Adão a Silva, vai fazer na terça-feira por Lisboa, Leiria e Coimbra, com o objetivo de dar voz a iniciativas culturais que promovem a inclusão.
De acordo com um comunicado do gabinete do ministro da Cultura, este roteiro integra-se no programa de percursos temáticos “Cultura que somos”, que arrancou em setembro e tem como objetivo conhecer e dar voz à realidade cultural portuguesa.
No dia 22 de novembro, o périplo de Pedro Adão e Silva passará por projetos que, através da música, das artes plásticas e da dança, promovem a inclusão de pessoas com doença mental, com necessidades especiais a nível físico ou cognitivo, ou em processo de reinserção social.
PUBLICIDADE
Com esta iniciativa, a tutela pretende “conhecer e dar voz às ações e às diversas dinâmicas da inclusão através de práticas culturais e artísticas”.
Logo de manhã, a partir das 09:30, o ministro visita em Lisboa o projeto de criação artística e de inclusão “Manicómio”, promovido pela P28 – Associação de Desenvolvimento Criativo e Artístico, que cruza a arte, a criatividade, a transformação social e a saúde mental.
Este projeto tem no seu centro criadores com um historial de doença mental e foi criado com o intuito de combater o estigma social frequentemente associado a esta condição, lutando para conquistar a dignidade e o reconhecimento dos seus artistas.
Ainda no mesmo espaço, o governante vai encontrar-se, pelas 10:30, com Access Lab, uma organização que trabalha o acesso à cultura e ao entretenimento junto de pessoas com dificuldades motoras e auditivas.
A paragem seguinte é a CiM – Companhia de dança, criada em 2007 numa parceria entre a Vo’Arte e a Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, que integra intérpretes, bailarinos e atores com e sem condição especial, praticando uma abordagem inclusiva da criação.
Da parte da tarde, o périplo começa por Leiria, com uma visita ao estabelecimento prisional, para conhecer a “Ópera na Prisão”, projeto da SAMP- Sociedade Artística Musical dos Pousos, em parceria com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
Este projeto tem como objetivo ajudar na reinserção e na redução dos níveis de reincidência criminal de jovens reclusos, através da prática artística e da criação participada por artistas profissionais, reclusos, familiares, guardas e técnicos do estabelecimento prisional.
Em Coimbra, o ministro encontra-se com os 5.ª Punkada, um grupo Rock formado por utentes da APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra.
Esta banda foi fundada em 1993 e já percorreu Portugal de Norte a Sul e viajou também para Inglaterra, Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Espanha, Itália e Finlândia, num total de mais de 300 concertos.
O programa “Cultura que somos” arrancou em setembro sob o tema cultura urbana, e teve continuidade no mês de outubro, no norte do país.
Até abril do próximo ano, os temas a abordar nestes percursos serão a cultura para a inclusão, o desenvolvimento local, a arte contemporânea em rede, as indústrias criativas, a comunicação social regional e local e os cineclubes.
Related Images:
PUBLICIDADE