Coimbra
Ministro do Ambiente quer Portugal exportador de energias renováveis
O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, defendeu hoje que, “mais do que cumprir metas” estabelecidas pela União Europeia (UE), Portugal deve ter como prioridade ser um “país exportador de energias renováveis”.
“Não temos de cumprir só metas. Portugal deve ter uma agenda inovadora e ambiciosa. Podemos vir a fornecer energia renovável a outros países e ajudá-los a eles a cumprir as metas estabelecidas pela União Europeia”, afirmou o governante.
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Jorge Moreira da Silva, que se referia às metas estabelecidas pela UE para aumentar em 20 por cento a produção de energias renováveis até 2020, falava esta tarde, em Loures, na inauguração de duas centrais fotovoltaicas no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL).
O governante sublinhou que Portugal “dispõe de bastantes recursos e infraestruturas” e que beneficia de uma “opinião pública favorável” às questões ambientais, defendendo que estas vantagens devem ser aproveitadas.
“Temos de olhar para as empresas que podem explorar essa riqueza e que, a curto prazo, podem promover o crescimento económico e o emprego, ao mesmo tempo que beneficiam o ambiente. Existem grandes oportunidades na Economia Verde”, apontou.
O ministro ressalvou que há ainda muito a fazer na área da energia e que Portugal ainda está muito dependente do exterior.
“Atualmente, existe uma dependência em 80 por cento de energia do exterior. Temos de perceber que energia não é só eletricidade”, atestou.
No início deste ano, a Comissão Europeia apresentou o novo quadro de política climática e energética que prevê a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa em 40% até 2030 e o aumento para 27% da contribuição das energias renováveis no total do consumo energético.
No entanto, estas propostas ainda terão de ser debatidas e aprovadas, ou não [terá de ser por unanimidade], pelos líderes da UE na cimeira europeia que se realiza a 20 e 21 de maio.
As duas centrais inauguradas hoje em Loures são compostas por 14.000 painéis solares, que representaram um investimento de 11 milhões de euros.
Segundo a empresa responsável pelas duas centrais, a Hypesolar Fotovoltaic, estes equipamentos vão permitir a redução das emissões de gases com efeitos de estufa em cerca de três mil toneladas de dióxido de carbono por ano.
Com uma potência de quatro megawatts, as duas centrais fotovoltaicas de Loures irão produzir energia equivalente ao consumo médio de 2.650 habitações.
Além das duas centrais de Loures, a mesma empresa pretende inaugurar, em breve, equipamentos semelhantes em Coruche e em Montemor-o-Velho.
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