Economia
Ministro diz que Plano de Recuperação permitirá elevar tecido empresarial para patamar mais alto
O ministro da Economia e da Transição Digital considerou hoje que o leque de apoios às empresas o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) permitirá colocar o tecido produtivo “num patamar mais elevado” de valorização.
Pedro Siza Vieira, que falava na sessão de apresentação pública do PRR, depois de o documento ter sido aprovado hoje em Conselho de Ministros, destacou algumas das vertentes do Plano dirigidas às empresas no âmbito do potencial produtivo (investimento e inovação), descarbonização, transição digital (empresas 4.0) e qualificação e competências, acentuando que atingem 3,8 mil milhões de euros.
“No seu conjunto estas verbas dirigidas às empresas atingem 3.850 milhões de euros”, referiu, considerando que se trata de “um volume muito significativo” de apoios dirigidos às empresas que permitirão “não apenas apoiar os esforços de investimento privado” no momento em que é preciso relançar a economia, “mas sobretudo colocar o nosso tecido empresarial num patamar mais elevado”.
Referindo a “crise social inédita na sua dimensão e impacto”, que o país está a viver por causa da pandemia de covid-19, o ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, considerou que o PRR “não visa uma resposta imediata aos problemas”, mas dar respostas de uma forma que “se quer mais estrutural”.
Intervindo numa sessão em que discursaram também os ministros do Planeamento e do Ambiente – ambos por videoconferência por se encontrarem em isolamento – e a ministra da Presidência, Pedro Siza Vieira precisou que um dos objetivos é “colocar a nossa economia num patamar distinto de valorização, que incorpora mais conhecimento”.
O PRR prevê um investimento de 12,9 mil milhões de euros em resiliência e transição climática e digital – as três áreas em que o plano foi dividido.
Para a resiliência, que junta as vulnerabilidades sociais, o potencial produtivo e a competitividade e coesão territorial, o Governo prevê um investimento de sete mil milhões de euros, mais de metade do total, sendo que a maior parcela, 3.200 milhões, será aplicado no Serviço Nacional de Saúde, na habitação e em respostas sociais.
Para o potencial produtivo, que agrega o investimento e inovação com qualificações profissionais, estão destinados 2.500 milhões de euros. Já para a competitividade e coesão territorial são previstos 1.500 milhões de euros.
Para a transição climática, o plano prevê um investimento de 2.700 milhões de euros e para a transição digital estão alocados três mil milhões, divididos entre as escolas, as empresas e a administração pública.
Depois da aprovação hoje em Conselho de Ministros, o PRR será enviado esta quinta-feira para Bruxelas.
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