Coimbra

Ministro diz na Figueira da Foz que mitigação da erosão costeira é um trabalho que nunca vai estar concluído

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 08-04-2019

As intervenções de mitigação da erosão costeira no país são uma “tarefa que não vai ter fim”, com a linha da costa a recuar sete metros cada ano, alertou hoje o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

“Eu vou anunciar a data em que vão ficar concluídas [as intervenções] no litoral: É nunca. Nunca vão estar concluídas. É uma tarefa que não vai ter fim”, disse o membro do executivo, que falava durante a assinatura de um protocolo na Figueira da Foz, que prevê mitigar os efeitos da erosão costeira a sul da barra, com a deposição de três milhões de metros cúbicos de areia para essa zona do concelho.

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Segundo o ministro, estes processos têm de utilizar “métodos de engenharia natural” por intervirem em ecossistemas “tão frágeis e ricos, como qualquer ecossistema fronteira”.

“Esta é uma história que não acaba”, notou, apontando para a especial necessidade destas intervenções no centro e norte de Portugal, onde se assiste a um recuo médio da linha da costa de sete metros por ano, face às alterações climáticas.

Para João Pedro Matos Fernandes, tem que se “colocar areia onde ela faz falta, reconstruir dunas e saturar com areia junto à costa”. Caso contrário, destrói-se “não só o meio ambiental, mas também o meio económico”, sublinhou.

Segundo o ministro, há de momento 142 milhões de euros em curso de investimento no litoral português, com 112 milhões de intervenções lideradas pela Agência Portuguesa do Ambiente e por autarquias e outros 30 milhões de euros através dos programas Polis, que estão no final do seu ciclo.

Até ao final da legislatura, a esses 142 milhões de euros serão adicionados mais 40 milhões, sendo uma fatia importante desse valor investido na Figueira da Foz (19 milhões de euros).

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No caso da Figueira da Foz, o projeto visa retirar areia que “até estorva” à entrada das embarcações no porto, permitindo, ao mesmo tempo, canalizá-la para onde ela é necessária.

“Esta estratégia tem que se manter no futuro”, salientou, realçando também a importância de parcerias entre os diversos atores envolvidos.

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