Educação

Ministro diz em Coimbra que precariedade de investigadores não se resolve com criação de vagas por decreto

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 24-10-2024

Imagem: Miguel A. Lopes / Lusa

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, defendeu hoje que a precariedade com que se debatem os investigadores não se vai resolver com a criação de vagas por decreto, mas com “múltiplas soluções”.

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“A precariedade que existe, num grau muito elevado, em Portugal não se vai resolver com a criação por decreto de vagas, de contratos por tempo indeterminado em instituições públicas”, disse Fernando Alexandre à margem do evento “Inovação e Bem-Estar para o Sucesso – Inovação pedagógica, saúde mental e sucesso no ensino superior”, que decorre até sexta-feira em Coimbra.

“A solução para a precariedade passa por múltiplas soluções, ou seja, a docência, a docência e investigação. Os professores universitários e de politécnico também são investigadores, não são apenas investigadores os que têm a possibilidade de fazer investigação em exclusividade, embora, obviamente, tenha que haver um lugar para esses”, sustentou o ministro, adiantando que o combate à precariedade “parte da criação de oportunidades diversas”, incluindo nas empresas.

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“Para podermos transformar a nossa economia, vamos ter que ter cada vez mais investigação nas empresas e, por isso, cada vez mais vagas para investigadores nas empresas”, indicou.

À agência Lusa, o ministro da Educação, Ciência e Inovação indicou que as instituições de ensino superior e os centros de investigação têm incentivos para “criarem mais espaço para o crescimento dessa carreira” e que quem é investigador “vai ter muitas oportunidades”.

Para além das 1.100 vagas do projeto “FCT-Tenure”, serão “mais de 1.500 vagas até 2026, para docência, que vão ser criadas pela aposentação” nas universidades e politécnicos.

Fernando Alexandre aludiu ainda ao Estatuto da Carreira de Investigação Científica, proposto pelo Governo e que já foi aprovado em Conselho de Ministros, “precisamente para garantir maior estabilidade e uma perspetiva de carreira para os investigadores”.

“O estatuto da carreira de investigação científica, que o Governo está a propor, tem como principal objetivo, precisamente, garantir as condições para que os cientistas possam desempenhar a sua atividade numa perspetiva de médio e longo prazo, porque é assim que se faz investigação”, referiu.

Algumas centenas de investigadores estiveram em protesto em Lisboa na quarta-feira, para exigir o fim da precariedade que deixa muitos sem otimismo quanto ao futuro da ciência em Portugal.

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