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Ministro das Finanças defende que medidas do Governo contra inflação abrangem os mais carenciados
O ministro das Finanças defendeu hoje que as medidas do Governo contra a inflação abrangem os mais carenciados, as classes médias e as empresas, salvaguardando o Estado social e a capacidade futura de resposta do Estado.
Esta posição foi transmitida por Fernando Medina na abertura do debate parlamentar sobre as medidas tomadas pelo executivo contra a inflação, num discurso em que voltou a advogar a necessidade de ser seguida uma linha económico-financeira “prudente” e o objetivo de Portugal regressar rapidamente aos níveis de dívida pré-pandemia de covid-19.
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Perante os deputados, o titular da pasta das Finanças considerou que as medidas do Governo se caracterizam pela sua eficácia “ao devolver um apoio em dinheiro para cada português usar como bem entender, confiando-se assim nas escolhas das famílias e otimizando a defesa de cada um contra a inflação” – uma referência indireta crítica ao programa apresentado pelo PSD que prevê a concessão de vales alimentares.
Fernando Medina disse também que o Governo responde com “a contenção de preços” em setores como a habitação e os transportes públicos, assim como “com reduções de impostos, nomeadamente nos combustíveis e energia”.
“Este é um plano abrangente, sendo o mais vasto e ambicioso de que há registo. Perante uma crise inflacionária, que afeta todos, o Estado apoia todos. O programa responde aos que mais precisam e não esquece as classes médias. Responde a quem tem rendimentos baixos e médios, a quem tem prestações sociais, aos desempregados, aos pensionistas e aos trabalhadores”, sustentou.
O ministro das Finanças falou também de passagem das medidas aprovadas na quinta-feira passada em Conselho de Ministros.
“As empresas ganham com a sustentação do poder de compra das famílias, além dos apoios a rendas e combustíveis que também são beneficiárias e das medidas específicas com que foram reforçadas ainda na quinta-feira”, apontou Fernando Medina.
A seguir, o ministro das Finanças salientou a outra vertente da filosofia do programa do executivo para mitigar os efeitos da inflação: A prudência em virtude da atual conjuntura internacional.
“O programa não põe em causa a nossa capacidade de resposta nas circunstâncias mais adversas, salvaguarda as margens futuras de atuação e protege o Estado social”, afirmou, antes de salientar que o Produto Interno Bruto (PIB) vai subir mais de 6% este ano e que Portugal ficará acima do nível de atividade pré-covid-19”.
Neste ponto, Fernando Medina reiterou que, apesar de apoios mobilizados que superam os quatro mil milhões de euros ao longo de 2022, o défice vai baixar para a casa de 1,9 e a divida descerá abaixo dos 120%.
“Em breve vamos regressar a níveis de dívida pré-pandemia. Esta é a melhor forma de proteger as famílias e as empresas. É assim que conseguiremos mitigar os efeitos das subidas dos juros e que poderemos estar confiantes de que manteremos margem de resposta para o futuro com contas certas e credibilidade”, acrescentou.
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