Coimbra
Ministro da Saúde reconhece que Interior necessita de uma “atenção especial”
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse hoje, na Guarda, que as regiões do interior do país “precisam de uma atenção especial” para que os novos profissionais de saúde ali possam fazer a sua carreira.
“O objetivo da minha visita é, acima de tudo, reconhecer perante a população da Guarda, os autarcas, enfim, a população que aqui vive, a vontade do Governo em ajudar estas regiões do interior que são muito difíceis na dotação de recursos, muitas vezes até pela própria dificuldade que têm em atrair recursos, nomeadamente médicos, e que, por isso, precisam de uma atenção especial”, disse.
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O titular da pasta da Saúde falava hoje aos jornalistas, na cidade da Guarda, durante uma visita à Unidade Local de Saúde.
“[As regiões do interior necessitam de] uma atenção que tenha a ver com investimento, com modernização de infraestruturas, com equipamentos, para que uma nova geração de profissionais possa vir a ter vontade para trabalhar aqui e a fazer aqui a sua carreira profissional”, justificou.
Adalberto Campos Fernandes indicou que, durante a visita, viu, no Hospital Sousa Martins, o serviço de Pneumologia que considera “um serviço de excelência” da ULS da Guarda, que “é hoje uma referência” na região da Beira Interior.
“E o que nós queremos é que mais exemplos como esse do serviço de Pneumologia possam proliferar”, declarou.
O ministro foi ainda questionado pelos jornalistas sobre uma moção que foi aprovada em setembro pela Assembleia Municipal da Guarda a exigir ao Governo que garanta que “não serão retiradas valências ou competências clínicas” à Unidade Local de Saúde, devido à diferenciação estatutária das instituições da região.
A posição foi tomada após a publicação, em agosto, de um decreto-lei que “inclui o Centro Hospitalar da Cova da Beira [Covilhã], mas não a Unidade Local de Saúde da Guarda e a ULS de Castelo Branco, no lote de entidades universitárias integradoras dos centros académicos clínicos (“Projetos-piloto de hospitais universitários”)”.
Sobre o assunto, o ministro disse que foi feita “uma má interpretação” porque “seria um erro desgraduar ou desvalorizar” as unidades de saúde do interior, porque o Governo quer “aproximar o país do interior”.
Explicou ainda que o hospital da Guarda já é universitário “e, neste momento, participa ativamente nos programas de formação pré e pós graduada no contexto do Centro Académico Clínico das Beiras” e “não faz nenhum sentido que a Guarda seja menorizada em nenhum aspeto”.
Segundo Adalberto Campos Fernandes, nas regiões do país “que são menos favorecidas e que estão mais afastadas do centro” devem existir ‘clusters’ de “competências, de diferenciação, que funcionem como âncoras”.
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