Coimbra
Ministro da Saúde diz que o Governo tudo fará por um SNS forte
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou hoje em Coimbra que o Governo tudo fará para responder à vontade de António Arnaut de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) forte e capaz de reduzir as desigualdades.
O antigo ministro dos Assuntos Sociais António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde e cofundador do PS, morreu na segunda-feira, em Coimbra, aos 82 anos.
Hoje, após as cerimónias fúnebres, Adalberto Campos Fernandes realçou que cuidar do Serviço Nacional de Saúde não é apenas uma obrigação do Governo como é a sua vontade.
“Todos nós temos um imperativo ético na política que é fazer aquilo que António Arnaut pugnou na sua luta por um Serviço Nacional de Saúde forte, capaz de reduzir as desigualdades e capaz de aproximar os portugueses de uma resposta de saúde de qualidade”, afirmou o ministro da Saúde.
Segundo Adalberto Campos Fernandes, o Governo, no seu conjunto, tudo fará “para que essa vontade que ele [António Arnaut] repetidamente e reiteradamente afirmou seja alcançada e, portanto, cá estaremos para dar luta a esse combate”.
O ministro recordou que Maria de Belém Roseira está a presidir à comissão de revisão da Lei de Bases da Saúde, tendo tido a oportunidade de conversar “muito com António Arnaut”.
“Há uma enorme cumplicidade estratégica entre aquilo que era a vontade de António Arnaut e aquilo que é a vontade da comissão. O trabalho está a ser feito e será isso que o Governo, em tempo útil, apresentará à Assembleia da República”, disse.
As cerimónias fúnebres decorreram entre segunda-feira e hoje, na antiga igreja do Convento São Francisco, lugar onde foi apresentado este ano o livro que António Arnaut escreveu com o médico João Semedo, ex-coordenador do Bloco de Esquerda, onde avançavam com propostas para uma nova Lei de Bases da Saúde.
O corpo de António Arnaut saiu às 17:00 de Coimbra para a Figueira da Foz, onde foi cremado.
António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.
Pela antiga igreja do Convento São Francisco, passaram personalidades como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, os ex-ministros da Saúde Correia de Campos e Maria de Belém Roseira, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, o histórico socialista Manuel Alegre, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, o capitão de Abril Vasco Lourenço, os ex-ministros João Soares e Alberto Martins, o ex-secretário-geral da UGT, João Proença, o Nobel da Paz Ximenes Belo, entre outros.
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