Coimbra
Ministro da Economia diz em Coimbra que futuro Governo deve valorizar fatores distintivos do país
O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendeu hoje, em Coimbra, que o futuro Governo de Portugal deve ter as condições para continuar a valorizar os fatores de distinção do país.
Intervindo na sessão de encerramento da conferência “Exportações & Investimento”, promovida pela AICEP, o governante mostrou-se convicto de que o futuro executivo nacional terá essas condições depois das “conquistas na educação das pessoas, na abertura ao exterior das empresas e na melhoria dos nossos processos”.
“É um movimento que vai continuar e vai beneficiar dos recursos europeus de dimensão inédita, que basicamente duplica em cada ano aquilo que foi a média do que tivemos nos últimos 30 anos”, frisou.
Salientando que as “coisas têm de correr bem”, Pedro Siza Vieira disse que “isso é o que é preciso fazer, em nome dos nossos jovens, cada vez mais qualificados, que têm dificuldade em encontrar emprego à altura das suas qualificações e aspirações”.
O ministro da Economia apelou à inspiração nos “movimentos transformadores em curso na economia portuguesa”, destacando as empresas exportadoras que expandiram os mercados e deram “um processo de crescimento muito significativo”.
“Não nos esqueçamos disto, entre 2015 e 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) português cresceu mais de 11%, enquanto o PIB da União Europeia cresceu pouco mais de 7%”, sublinhou o governante, salientando que Portugal “voltou a convergir com a Europa”.
Para Pedro Siza Vieira, esta tem de ser a ambição do país “incentivando ainda mais aquilo que são os fatores positivos de crescimento e ajudando os setores menos eficientes, menos produtivos e menos competitivos da economia para permitir a realocação de recursos”.
O titular da pasta da economia destacou ainda que Portugal conseguiu, na última década, um crescimento “extraordinário” das exportações, que passaram de “menos de 30% do PIB para 44% do PIB em 2019”.
“Isto é um crescimento absolutamente extraordinário. Em apenas quatro anos, entre 2015 e 2019, as nossas exportações cresceram 40% em valor, porque são mais empresas a exportar mais produtos para mais países”, referiu.
O peso das exportações de bens, que incorpora média e média alta tecnologia, “também aumentou no conjunto das nossas exportações”, acrescentou o ministro, referindo que o aumento não se explica apenas pelo crescimento do turismo, que “cresceu muito”.
“O mais significativo e aquele que nos coloca num plano diferente de competitividade são as exportações de bens e serviços de alta e média alta tecnologia, que sucede no setor automóvel, aeronáutica e aeroespacial, nas tecnologias de informação e comunicação, na saúde e energias”, especificou.
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