Economia
Ministro da Ciência garante 70 Milhões para 26 laboratórios que juntam ciência a empresas
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior garantiu hoje “financiamento público de mais de 70 milhões de euros” para os 26 laboratórios colaborativos (Colab) do país, designadamente para a criação de 600 postos de trabalho qualificados diretos.
“Esta é uma estratégia conseguida e hoje tem garantido um investimento público de mais de 70 milhões de euros para os próximos três anos e de 100 milhões de euros para os próximos cinco anos”, frisou Manuel Heitor, no Porto, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação de cinco novos Colab, entidades que juntam empresas e ciência na investigação de temas específicos de acordo com as necessidades das regiões de implantação.
O governante esclareceu que, nos contratos com os Colab, também financiados com 70 milhões de euros de fundos comunitários, as instituições “responsabilizam-se por triplicar o financiamento público e criar três vezes mais postos de trabalho indiretos”, num cenário de cinco anos.
Destacando que os Colab abrangem áreas como a “saúde, agricultura, mobilidade urbana ou transformação do digital”, o ministro da Ciência explicou estar em causa “um modelo muito adotado na Europa”, em que “o Estado financia um terço” do investimento, ao passo que “outro terço é financiado pelas empresas e outro por fundos competitivos, sejam nacionais ou europeus”.
“O financiamento público é dado em função da partilha de risco”, frisou Manuel Heitor, na sessão que decorreu na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
De acordo com o governante, os cinco novos Colab são um “ultimo pacote” que complementa “o leque de instituições ligadas ao território e particularmente associadas ao tecido produtivo”.
“São novas instituições que estão no cerne da relação entre ciência e emprego, e da criação de emprego qualificado”, frisou.
Também presente na sessão, o ministro do Planeamento, Nelson Souza, destacou que “o conhecimento tem de ser posto ao serviço das necessidades de desenvolvimento do país” e que o governo conseguiu “inovar” no mecanismo de financiamento europeu aos Colab.
“Conseguimos alocar perto de 70 milhões de euros de fundos a 26 Colab, sobretudo através dos programas operacionais regionais”, observou.
O Built Colab foi um dos cinco novos laboratórios hoje apresentado e vista “desenvolver soluções inovadoras para infraestruturas e edifícios adaptáveis, inteligentes, resilientes e sustentáveis”, a partir do Porto
Outro foi o “Colab InovFeed”, com sede em Santarém e pretende desenvolver “Estratégias de Alimentação Inovadoras para uma produção Animal Sustentável”.
A estes, junta-se o CSESI HUB, que atua ao nível de novos sistemas de gestão de energia e que terá polos em Lisboa e no Porto.
Em Idanha-a-Nova, surge o Foodlab, que tem em mente “facilitar a adoção de sistemas de produção de alimentos saudáveis e inovadores, reutilizando resíduos agrícolas e alimentares como matéria-prima”.
O VG Colab, do Porto, pretende “fornecer serviços de alta tecnologia e produtos de valor agregado”, bem como “soluções inovadoras para o mercado de armazenamento de energia eletroquímica”.
Já a funcionar estão projetos Contra a Pobreza e a Exclusão Social (Guimarães), para a Inovação na Indústria Alimentar (Vila do Conde), de Tecnologias e Produtos Verdes de Oceano (Faro), para a Gestão Integrada da Floresta e do Fogo (Vila Real) ou para a Economia Circular (Oliveira do Hospital”.
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