Polícias

José Luís Carneiro diz que manifestações são direito legítimo dos polícias mas têm de respeitar os deveres

Notícias de Coimbra com Lusa | 11 meses atrás em 11-01-2024

O ministro da Administração Interna disse hoje que o direito de manifestação “é legítimo, respeitável e até valioso” desde que respeitem “os deveres de quem tem especial responsabilidade na salvaguarda do Estado de direito e da legalidade democrática”.

José Luis Carneiro falava aos jornalistas no final de uma visita a três habitações no Barreiro, no distrito de Setúbal, destinadas a militares da Guarda Nacional Republicana, remodeladas com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, um investimento de 159 mil euros.

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“Os polícias e os guardas são o primeiro garante da salvaguarda do Estado de direito e da legalidade democrática e o que se pretende é que as manifestações cumpram estes deveres de responsabilidade”, disse o ministro referindo-se ao protesto que tem decorrido nos últimos dias por parte de elementos da Polícia de Segurança Pública.

Pelo quarto dia consecutivo, os polícias da PSP continuam hoje a concentrar-se em várias cidades do país em protesto, numa iniciativa que começou com um agente da PSP em frente à Assembleia da Republica, em Lisboa, e está a mobilizar cada vez mais elementos da PSP, bem como da GNR e da guarda prisional.

O protesto foi também concretizado com a paragem de vários carros de patrulha da PSP, principalmente no Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis), alegando os polícias que estavam inoperacionais e com várias avarias.

Relativamente a esta matéria o ministro referiu que o assunto está a ser acompanhado por parte da Polícia de Segurança Pública.

Questionado sobre o encontro de hoje entre o diretor nacional da PSP e os sindicatos, o ministro disse apenas que quando se parte para um diálogo é preciso reconhecer o que já foi feito.

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“O que temos dito é que já uma predisposição do poder político para este trabalho em curso de valorização das condições de trabalho e salarial e dos suplementos e de melhoria das condições para o exercício da atividade profissional. Há um compromisso do Governo de que isto é para continuar”, frisou.

O diretor nacional da PSP manifestou hoje aos sindicatos que está solidário com os protestos dos polícias, disse o presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, avançando que a contestação vai continuar.

“Esta reunião serviu acima de tudo para o diretor nacional, pessoa que nos dirige, mostrar efetivamente, confirmar e reforçar aquele que é o espírito de solidariedade que tem para com esta luta, que também não deixa de ser uma luta do diretor nacional, sendo ele o diretor de todos os polícias”, disse aos jornalistas Bruno Pereira.

O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública, José Barros Correia, esteve hoje, durante cerca de duas horas, reunido com os seis sindicatos da PSP mais representativos, numa altura em que os polícias estão em protesto por melhores condições salariais e de trabalho.

As habitações para militares hoje visitadas no Barreiro são três de um conjunto de 130 num investimento global superior a seis milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Estes projetos asseguram a disponibilização de um total de 181 alojamentos, que se distribuem pelos municípios do Barreiro, Chaves, Coimbra, Faro, Lisboa e Vila Real de Santo António.

O programa de reabilitação de habitações dos Serviços Sociais da GNR é parte dos cerca de 40 milhões de euros de investimento habitacional do Ministério da Administração Interna, no âmbito do PRR, destinado aos profissionais das forças de segurança.

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