Educação
Ministra quer reforçar apoio à saúde mental no ensino superior
A nova ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, sublinhou hoje a necessidade de reforçar o apoio à saúde mental nas instituições, sobretudo através do apoio psicológico, recordando o impacto negativo da pandemia.
“É de enorme importância criar ou reforçar os serviços de psicologia e de saúde das instituições de ensino superior, garantindo apoio psicológico, programas para a promoção do bem-estar psicológico ou consultas de psicologia”, afirmou a governante.
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Numa das suas primeiras intervenções enquanto ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato falava na apresentação de um programa da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e da Ordem dos Psicólogos, para apoiar estudantes do ensino superior.
Lançado hoje, o objetivo é apoiar o desenvolvimento de projetos que contribuam para uma menor incidência dos problemas de saúde mental entre os estudantes, agravados durante a pandemia da covid-19.
Com um financiamento até 100 mil euros, o programa vai apoiar durante um ano letivo três projetos, um dos quais obrigatoriamente no interior do país, que impliquem a contratação de um psicólogo.
“Tenho as maiores expectativas nesta iniciativa”, elogiou a ministra, considerando que se trata de “uma oportunidade crucial para intervir nos casos já detetados entre os estudantes do ensino superior, mas também para travar o escalar de situações que podem ser previamente prevenidas”.
De acordo com dados recentes, citados e repetidos durante a sessão de apresentação do programa, cerca de um quarto dos estudantes universitários mostra sinais de depressão e metade apresenta sintomas moderados ou graves de ansiedade.
“É com compreensão que olho para estes dados”, admitiu Elvira Fortunato, defendendo que a importância da saúde mental tem de começar a refletir-se de forma mais expressiva dentro das instituições de ensino superior, desde logo através da promoção da literacia nesta área.
Questionada sobre se esta seria uma prioridade do novo executivo, a governante reconheceu que o tema é muito importante para si, assumindo o compromisso de, pelo menos, tentar que haja esse reforço do apoio psicológico nas universidades.
As candidaturas ao programa da FLAD e da Ordem dos Psicólogos vão estar abertas até 19 de junho e um mês depois serão conhecidos os projetos selecionados para receber o apoio no ano letivo 2022/2023.
Podem candidatar-se projetos desenvolvidos por serviços de psicologia ou por serviços de saúde das instituições de ensino superior que incluam pelo menos um psicólogo. O objetivo é que contribuam para a promoção da literacia em saúde mental e o desenvolvimento de competências socioemocionais.
“Não há saúde sem saúde mental e a FLAD quer contribuir ativamente para uma sociedade mais saudável e mais capaz de responder aos desafios do mundo atual”, sublinhou a presidente da fundação, Rita Faden.
Da parte da Ordem dos Psicólogos, o bastonário, Francisco Miranda Rodrigues, destacou o potencial impacto do programa, não só na vida e no bem-estar dos estudantes, mas na própria cultura das instituições de ensino superior, com a valorização das competências socioemocionais.
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