Governo
Ministra da Coesão Territorial diz em Coimbra que quer municípios preparados com projetos
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, apelou hoje às autarquias para prepararem os projetos com que pretendem concorrer às ajudas financeiras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Há muitas áreas onde os municípios são beneficiários e algumas por concurso”, afirmou Ana Abrunhosa aos jornalistas, em Coimbra, após ter participado numa reunião do Conselho Regional do Centro.
Na sua opinião, “é muito importante que os municípios estejam preparados com esses projetos”.
A ministra disse que, durante a reunião do Conselho Regional, presidido pelo autarca do Fundão Paulo Fernandes, procurou “explicar a ligação que o PRR tem com o Portugal 2030”, numa altura que o país se encaminha para a conclusão do Portugal 2020.
Importa perceber que a ferrovia e a construção de hospitais, por exemplo, não estão abrangidas pelo PRR, por serem algumas das áreas em que o prazo dos projetos “é muito longo e seria arriscado”.
Os investimentos que venham a ser contemplados com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência “têm todos de estar concluídos em 2026”, salientou a governante, antiga presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), com sede em Coimbra.
“Todos ganhamos em que o Portugal 2030 e o PRR sejam explicados em conjunto”, declarou no final da reunião, realizada no Convento de São Francisco, sem a presença dos jornalistas.
Paulo Fernandes, por sua vez, contou que Ana Abrunhosa teve “uma intervenção brilhante” e que alertou para a necessidade de os municípios “ganharem tempo” na preparação dos projetos que planeiam candidatar ao PRR.
“Não podemos olhar para o plano de forma isolada”, corroborou a presidente da CCDRC, Isabel Damasceno, ao lembrar que o Portugal 2030 “dará continuidade” ao Portugal 2020, em fase de conclusão, e que a execução dos dois deve ser articulada com a do PRR.
Na sua ótica, por outro lado, “estamos no bom caminho para ultrapassar questões” relacionadas com uma certa dicotomia, entre o litoral e o interior, quanto à possibilidade de recorrer aos fundos europeus para projetos em diferentes áreas.
Na sessão, estiveram também em análise a revisão da Estratégia de Especialização Inteligente do Centro (RIS3) para o período 2021-2027 e o posicionamento do sistema científico e tecnológico regional face ao Plano de Recuperação e Resiliência.
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