Crimes

Ministério Público quer prisão efetiva de quatro de 10 arguidos julgados em Beja por tráfico de droga

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 29-06-2022

O Ministério Público pediu hoje a prisão efetiva de quatro dos 10 arguidos num processo de tráfico de droga, com 91,5 quilos de canábis e 1,2 milhões de euros apreendidos, que está a ser julgado em Beja.

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Na sessão de julgamento realizada durante a tarde, dedicada às alegações finais, o procurador do Ministério Público (MP) considerou suficiente a prova produzida para os condenar a penas de prisão efetiva, a rondar os oito anos.

Os quatro arguidos são Joaquim Fortes, André Graça e Rui Pina, todos acusados em coautoria de um crime de tráfico de estupefacientes agravado, e também Luís Ribeiro, pronunciado em coautoria de um crime de tráfico de estupefacientes.

Além disso, Joaquim Fortes e Rui Pina estão também acusados em coautoria de um crime de branqueamento e este último responde ainda em tribunal por um crime de dano qualificado e outro de detenção de arma proibida.

Nas alegações finais, o MP defendeu ainda a condenação com penas suspensas de outros quatro arguidos e a absolvição dos restantes dois.

Entre outros argumentos, os advogados dos arguidos, no geral, alegaram que não foi produzida prova suficiente em julgamento que permita condenar os seus constituintes.

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Neste processo, Joaquim Fortes, o único que está em prisão preventiva, é considerado o principal arguido, sendo quem alegadamente controlava o grupo, que adquiria canábis e a transportava e vendia na zona de Lisboa, de acordo com a acusação, consultada pela agência Lusa.

O processo, que começou a ser julgado pelo Tribunal de Beja no dia 20, envolve crimes de tráfico de estupefacientes, branqueamento, dano qualificado, detenção de arma proibida ou tentativa de favorecimento pessoal.

De acordo com o despacho de acusação, Joaquim Fortes, André Graça e Rui Pina colaboraram entre si, desde abril de 2020, na compra, transporte, armazenagem e venda de “grandes quantidades de canábis/haxixe”, alegadamente adquirida em Espanha e vendida depois em “vários destinos”, nomeadamente na zona de Lisboa.

Os três atuaram “em comunhão de esforços e intentos, desenvolvendo uma atividade caracterizada por grande mobilidade, com significativos meios materiais, procedendo ao transporte de haxixe/canábis por via terrestre, utilizando viaturas automóveis e dividindo as tarefas entre eles”, pode ler-se.

O grupo é acusado de guardar a droga num armazém situado na localidade de Rouquenhos, no concelho de Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja,

Foi aqui que, em 20 de maio de 2021, a PJ apreendeu cerca de 1,2 milhões de euros em notas e 908 embalagens de resina de canábis, com um peso global de 91,5 quilos e um valor estimado, caso chegasse ao mercado, a rondar os 240 mil euros.

Vários dos arguidos neste processo são do Alentejo, enquanto outros são da zona de Setúbal e da região da Grande Lisboa.

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