Justiça

Ministério Público francês pede prisão perpétua para assassino de menina lusodescendente

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 17-02-2022

A justiça francesa pediu hoje prisão perpétua com um período de prisão efetiva de pelo menos 22 anos para Nordahl Lelandais, assassino confesso de Maëlys de Araujo, menina lusodescendente de 08 anos que morreu em 2018.

“Peço-vos que declarem Nordahl Lelandais como um grande criminoso, um grande predador, culpado dos factos que aqui relatámos e de o condenarem a prisão perpétua, garantindo uma pena de prisão efetiva de, pelo menos, 22 anos”, pediu esta manhã o Ministério Público francês.

O advogado que representa o Ministério Público no caso da morte de Maëlys de Araujo pediu hoje a pena máxima de prisão para Nordahl Lelandais no Tribunal de Grenoble, no sul de França, onde decorre até sexta-feira o julgamento deste assassino confesso.

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A justiça francesa descreveu o homem de 38 anos como “um criminoso perigoso”, “um predador sexual”, “um medíocre” e “um pedófilo” que não sabe distinguir uma criança de um adulto a nível sexual. O julgamento, que começou no dia 31 de janeiro, terá, segundo a justiça francesa, mostrado todas essas características.

Durante o julgamento, Nordahl Lelandais reconheceu ter matado a criança de forma “voluntária”, tendo desferido vários golpes com a intenção de matar a menina de origem portuguesa.

A morte de Maëlys de Araujo chocou a França em agosto de 2017, já que a menina desapareceu de uma festa de casamento familiar, na cidade de Pont-de-Beauvoisin, onde estariam cerca de 200 convidados. Passados alguns dias, Nordahl Lelandais foi acusado de sequestro.

Só em 2018 é que o arguido confessou o crime, conduzindo as autoridades ao local onde tinha abandonado o corpo da menina. O acusado diz ter esbofeteado Maëlys de Araujo causando, sem querer, a sua morte. No entanto, a autópsia revelou vários golpes fatais na cabeça da criança.

Durante as investigações do sequestro e morte da menina lusodescendente, Nordahl Lelandais começou a ser investigado por outros homicídios e desaparecimentos à sua volta, assim como acusações de pornografia infantil e abuso sexual de menores.

Em maio de 2021, foi condenado a 20 anos de prisão pela morte do jovem de 23 anos Arthur Noye, que aconteceu em abril de 2017. Este homicida continua a ser investigado pelas autoridades francesas sobre diferentes homicídios e sequestros nas regiões onde viveu ou onde se deslocou nos últimos anos.

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