Educação
Ministério coloca três docentes de educação especial em Oliveira do Hospital
O Ministério da Educação desbloqueou hoje a colocação de três professores para alunos com necessidades educativas especiais (NEE), em Oliveira do Hospital, satisfazendo uma exigência dos pais das crianças.
Pais e encarregados de educação de 132 alunos com NEE mantiveram para as 12:00, junto à sede do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, uma concentração convocada para reclamar a colocação dos três docentes.
No entanto, às 10:30, a comissão administrativa provisória (CAP) do agrupamento, que integra cinco estabelecimentos de ensino do concelho, foi autorizada através de correio eletrónico a contratar os professores em falta.
“É uma grande vitória, mas vamos ver quando é que temos os professores”, disse à agência Lusa Ana Campos Lencastre, uma das promotoras do protesto e mãe de um rapaz de 11 anos com necessidade educativas especiais, que frequenta a Escola Básica Integrada do Vale do Alva, na Ponte das Três Entradas.
A manifestação, com a presença de algumas dezenas de encarregados da educação, não foi cancelada porque “também há falta de psicólogos”, explicou Ana Campos Lencastre.
Sandra Vivas Marques, mãe de dois alunos com NEE do agrupamento, revelou que os filhos, de seis e 15 anos, “sentem-se um bocado desmotivados” com a falta de apoio específico.
Luís Ângelo, do CAP do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, disse que a instituição dispõe atualmente de uma psicóloga, num universo de 2.800 alunos, com apenas 18 horas de trabalho atribuídas.
“No mínimo, são precisos dois psicólogos com 35 horas cada um”, frisou Luís Ângelo.
Solidário com os manifestantes, o presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino, eleito pelo PS, repudiou a situação, integrada “numa tentativa dos responsáveis políticos de destruição da escola pública”, em favor do ensino privado.
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