Coimbra

“Para mim, Portugal é central. Para mim, Portugal é grande”

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 09-12-2016

«Turismo: Liberdade de Escolha e Fatores de Competitividade» é o tema escolhido para o 42º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo (APAVT), maior fórum do Turismo Português, que decorre de 08 a 11 de dezembro de 2016, no Centro de Congressos de Aveiro.

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A sessão oficial de abertura do Congresso decorreu ontem, no Auditório da Reitoria da Universidade de Aveiro, onde estiveram presentes Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, José Fernando Mendes, vice-reitor da Universidade de Aveiro, os presidentes da APAVT, do Turismo Centro de Portugal e da Câmara Municipal de Aveiro, respetivamente, Pedro Costa Ferreira, Pedro Machado e José Ribau Esteves.

Na sua intervenção, Pedro Machado começa por associar o Turismo Nacional ao Congresso da APAVT realçando duas motivações principais.

A primeira de ordem racional que remete para a atividade turística e a gestão dos destinos, numa construção cada vez mais holística, em que todos os atores, todos os agentes são importantes na cadeia de valor, daí a Entidade Regional do Turismo do Centro de Portugal e seus órgãos estarem particularmente empenhados e motivados em estabelecer boas e sólidas parcerias, acreditando que somadas ao trabalho de todos os intervenientes do setor turístico a trabalhar na região, se consegue aumentar a atratividade, a notoriedade e, aliado ao tema deste congresso, a competitividade da Região Centro.
A segunda razão é uma razão emocional pela afetividade e proximidade aos agentes de viagens que têm acarinhado o Centro de Portugal.

“Acreditamos que cada vez que fazemos parte integrante de um Congresso da APAVT, aumentamos a qualidade dessa relação e reforçamos uma maior interligação entre os nossos agentes económicos e a notoriedade da marca “Centro de Portugal”, alcançando assim os resultados positivos que temos vindo a alcançar”.

Pedro Machado destaca, ainda, duas ideias principais. A primeira que se liga ao tema deste congresso: Turismo, liberdade de escolha e fatores de competitividade que assentam na estratégia que define a chamada “estratégia inteligente para o Centro de Portugal”. A segunda que assenta em 3 vetores: a qualificação da oferta e a estruturação do produto, a competitividade e internacionalização, e ainda, a qualificação dos serviços e formação de ativos.

“São estes 2 eixos que definimos para a estratégia do mandato 13-18 da atual Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, mas acreditamos que a mesma estará para além dessa duração e que do nosso ponto de vista reforça e incorpora o tema deste congresso. É por isso que acreditamos que as ideias principais que trazemos para este congresso têm forçosamente que ser pensadas na lógica de uma economia que assenta no valor ao cliente, na sustentabilidade e na envolvente competitiva”, acrescenta Pedro Machado.

De acordo com o presidente do Centro de Portugal, ao assumir esta estratégia num território tão vasto que abrange 100 municípios, em particular criando diretivas e vetores para os agentes, será possível aumentar a competitividade da região. 

“Vetores para a criação de valores para a atividade turística, nomeadamente a inovação na oferta e na comercialização, o conhecimento dos clientes e da concorrência, o talento dos recursos humanos e dos empresários, vetores para a criação de valor para o cliente reposicionar os destinos, transformar a comercialização e a gestão, implementar a “customer experience”, fazem parte deste desideratos. É por isso que acreditamos que nesta nova economia, neste novo desafio que temos pela frente que é simultâneo à Turismo do Centro, às organizações regionais, mas também à Tutela, que estamos certos que iremos criar essa liberdade de escolha e aumentar a nossa competitividade. Naturalmente que temos consciência que essa liberdade de escolha está condicionada pelos custos generalizados da deslocação de um lugar para o outro, da monotorização individual, do investimento público e também dos custos de contextos que estão associados a muitos dos nossos territórios. Pensar a liberdade de escolha no Turismo, obriga-nos também a refletir sobre a evolução geopolítica e a estabilidade dos mercados. Pensar nos destinos turísticos, significa pensar em coesão e crescimento territorial” declara Pedro Machado.

O responsável pelo Centro de Portugal defende que é preciso ir mais longe e por isso acredita na estratégia do Turismo Portugal 2027 anunciada pelo governo com o objetivo de criar competitividade para os territórios do interior do país, e onde consta a coesão territorial, o crescimento em valor, o combate à sazonalidade, a preocupação com as acessibilidades, pela procura, pela inovação e pela sustentabilidade.

“Os desafios que se colocam são particularmente importantes. Falamos de políticas de segmentação, de mudanças demográficas, de novos modelos de mobilidade, de trabalho em rede, de tecnologias e de novas diretivas. Acreditamos que podemos ter regiões mais fortes, um país mais sólido. Com a APAVT foi possível fazer os congressos de Viseu, de Coimbra e agora de Aveiro. Com a APAVT foi possível construirmos uma solução para que o Centro de Portugal fosse destino convidado e destino preferencial da ECTAA em 2017. Com a APAVT acreditamos ser capazes de traçar novos desafios também no próximo ano”, prossegue.

Pedro Machado conclui a sua intervenção agradecendo ao Presidente do Município de Aveiro, José Ribau Esteves, pessoa empenhada nas causas do Turismo, na valorização imprescindível, consistente e contante da marca Centro de Portugal.

Por fim, em jeito de agradecimento e saudação especial ao 42º Congresso da APAVT e a todos os presentes, cita António Lobo Antunes: “Cada vez gosto mais de ser português e cada vez tenho mais orgulho no meu país. É insuportável ouvir dizer que somos um país pequeno e periférico. Para mim, Portugal é central. Para mim, Portugal é grande”

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